FUTEBOL PERNAMBUCANO
A base em jogo: veja como Náutico, Santa Cruz e Sport usam jogadores da casa neste ano
Superesportes faz levantamento detalhado com gráficos para mostrar a representatividade das promessas de cada clube no elenco profissional
O aproveitamento da categoria de base está sempre no discurso de cada dirigente de futebol. Em Pernambuco, não é diferente. Mas, na prática, você sabe o quanto seu clube tem apostado nesses jogadores? A pergunta é respondida no levantamento feito pelo Superesportes que inclui todos os jogos de Náutico, Santa Cruz e Sport na temporada - com exceção da rodada dos pernambucanos iniciadas na última sexta-feira. Uma análise quantitativa que traz dados curiosos sobre o comportamento de cada time.
O raio-x aponta para o Timbu como líder da estatística geral. A equipe foi quem, proporcionalmente, mais vezes utilizou jogadores com formação no clube nesta temporada. Ao todo, a base foi acionada em 200 ocasiões no total de 616, correspondendo 32,47% das vezes em que um atleta entrou em campo para defender o Alvirrubro. Com elenco para o restante do ano já fechado, das 36 peças, 15 são de jovens forjados no CT do Timbu.
Assim, o clube, desde o começo do ano e mesmo com a alta rotatividade, atende a uma determinação do seu estatuto. O documento determina que, pelo menos 25% do elenco seja de peças formadas pelo próprio Náutico. O número atual é de 41,66%.
Na sequência do Náutico, vem o Sport. O time rubro-negro pôs em ação suas crias em 208 ocasiões - oito a mais do que o próprio Náutico. Porém, na proporção com o número de jogos, está abaixo. Ao todo, os três treinadores do Leão em 2017 escalaram 836 vezes os atletas que tinham à disposição. A relação revela que 25,27% dos jogadores acionados pelo clube foram trabalhados em casa.
Os números, contudo, caem gradativamente com o passar do ano. Na vitória sobre a Ponte Preta, pela Sul-Americana, na última quarta-feira, o time não teve, pela primeira vez na temporada, um prata da casa em campo.
Por fim (e muito atrás), vem o Santa Cruz. Atravessando uma crise financeira assim como o Náutico, o Tricolor segue o caminho inverso. Ainda lutando para construir o centro de treinamento, a equipe coral escalou os atletas formados no próprio Arruda em 93 ocasiões das 685 vezes na temporada. Proporcionalmente, 13,58%.
Papéis invertidos no Brasileiro
Curiosamente, os números apontam para um decréscimo no uso de jogadores da base na competição de maior peso na temporada. Principalmente, o Sport. A porcentagem cai para apenas 10,28%. No Náutico, também uma queda. Mas é menor: 31,48%. O Santa Cruz é o único que percorre o caminho inverso, apresentando um pequeno aumento em relação a média anual chegando a 14,95% das escalações sendo de atletas da casa.
