Se já é difícil encontrar um brasileiro que torça a favor da Argentina, num jogo qualquer, imagine, então, achar um grupo de amigos brazucas vestindo a camisa da seleção arqui-inimiga brasileira em plena Copa do Mundo. Na tarde desta quinta-feira (21), uma onda azul e branca tomou conta de um pequeno bar na Rua da Moeda, Recife Antigo, para assistir o time argentino jogando contra a Croácia.
Cerca de vinte amigos se reuniram para ver os hermanos em campo. Faixas, bandeiras e máscaras, além das camisas da seleção argentina fizeram parte da ornamentação do ambiente. O grupo de torcedores estava bem animado, esperançoso por uma vitória do time de Messi, mas, a atuação do craque e de seus companheiros deixou a desejar.
Durante o toda a partida, os brasileiros vestidos de branco e azul entoavam gritos de guerra em espanhol, como se motivassem, de longe, a seleção argentina a jogar “com raça”, como eles mesmos definem o tipo de jogo dos hermanos. “Eu torço para a Argentina desde os oito anos”, conta o cabo do exército, Marcelo Evangelista, 27. “Eu vi que eles jogavam com garra”. “Também (torcemos) porque é um time sulamericano”, completa o farmacêutico Ítalo Henrique, 24. “Quando a gente cresce e vira adulto, escolhe o time que quer torcer”, explica o jovem, contando que não foi “influenciado por Messi”, como muitos torcedores da seleção argentina no Brasil.
Mas toda essa "raça" dos argentinos não foi vista em campo. Nem o incentivo e boas energias enviadas pelo grupo de brasileiros foi suficiente para garantir a vitória da Argentina. A seleção bicampeã do mundo levou três gols da Croácia. Todos marcados durante o segundo tempo.
"A sensação é de raiva e ansiedade, descreve Marcelo sobre a situação difícil em que se encontra a seleção argentina, que pode ser eliminada da primeira fase da Copa, dependendo do resultado do jogo da Nigéria contra a Islândia nesta sexta-feira (21). "Mas o jogo só acaba amanhã", lembra o cabo, na esperança de um resultado positivo para o time africano, que pode ajudar os argentinos a continuarem na competição.
"A sensação é de raiva e ansiedade, descreve Marcelo sobre a situação difícil em que se encontra a seleção argentina, que pode ser eliminada da primeira fase da Copa, dependendo do resultado do jogo da Nigéria contra a Islândia nesta sexta-feira (21). "Mas o jogo só acaba amanhã", lembra o cabo, na esperança de um resultado positivo para o time africano, que pode ajudar os argentinos a continuarem na competição.
"Agora vamos para casa agora. Chorar e beber", conta Marcelo, que apesar da tristesa, saiu sorrindo com os amigos.