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Dal Pozzo explica novo estilo do Náutico e elogia antecessor: 'Herança muito boa'

Técnico comparou o trabalho implementado com o de Márcio Goiano

postado em 24/05/2019 09:30 / atualizado em 24/05/2019 09:07

<i>(Foto: Léo Lemos/ CNC)</i>
Durante o período de quase um ano à frente do Náutico, o técnico Márcio Goiano costumava dizer que o time não se moldava em relação aos adversários e tinha um estilo bem definido de jogo. Entretanto, com a mudança no comando e a chegada de Gilmar Dal Pozzo, a equipe vem passando por uma transformação na maneira de atuar, que varia de acordo com o rival. 

A alteração na postura proposta por Dal Pozzo, no entanto, não significa uma possível crítica ao trabalho do seu antecessor, mas, sim, a ‘conceitos’. Pelo menos foi o que garantiu o atual treinador ao analisar ambos os trabalhos. 

“Eu peguei uma herança muito boa do Márcio. Fisicamente o time está muito bem, dando uma resposta extremamente positiva. E taticamente eu não fiz grandes mudanças. É um conceito diferente”, disse.

“Márcio tem mais posse, um jogo mais apoiado, que deu certo. Eu gosto mais, na retomada da posse de bola, de um jogo reativo, com transição em velocidade. E gosto de propor também, de atacar o adversário com cinco ou seis jogadores de forma organizada. E partir desta semana (livre, a última), com mais tempo, procurei colocar as minhas ideias, estratégias, meus conceitos. Esse é o grande desafio”, explicou.

Com Márcio Goiano, o Náutico invariavelmente atuava no 4-3-3, com um volante fixo à frente da área e dois jogadores mais adiantados. No ataque, um centroavante e dois pontas. A proposta era a construção de jogadas desde o próprio campo, com a bola dominada, de forma paciente e acelerando apenas no último terço do campo.

Já com Dal Pozzo, o Timbu tem jogado no 4-4-2, com as tradicionais duas linhas de quatro, de forma mais pragmática, com dois centroavantes - ainda que um deles costume recuar para ajudar na criação de jogadas. O objetivo do trabalho neste início tem tido foco na marcação, alternando a pressão no rival. Ora no campo defensivo, ora no campo defensivo. Com a posse, velocidade para trocar passes e chegar à meta rival.

“Nós trabalhamos muito em função do adversário. Temos nossas ideias sobre o jogo, mas faz parte da nossa estratégia adequar as linhas de marcação. Contra o Campinense, marcamos dentro do campo deles e não fizemos a linha baixa. Já contra o Treze, fizemos no primeiro tempo marcação-pressão e depois baixamos a linha, como parte da estratégia. E deu certo”.