Náutico

NÁUTICO

Na vitrine: crias da base, Thiago e Hereda podem ser próximos a encher cofres do Náutico

Dirigente falou sobre como a base vem sendo o caminho para tirar clube de crise financeira e projetar marca no mercado internacional

postado em 15/07/2019 10:45 / atualizado em 15/07/2019 11:03

<i>(Foto: Júlio Jacobina/DP)</i>
Em tempos de crise financeira, os clubes de futebol normalmente recorrem as suas divisões de base. É o que o Náutico tem feito na atual gestão e tem começado a colher os frutos no investimento em novos valores. Nos últimos 30 dias, o Náutico negociou o goleiro Bruno e o volante Luiz Henrique, ambos crias do clube para o futebol português, mas não parou por aí. Em entrevista ao Superesportes, o presidente Timbu, Edno Melo, colocou que outros atletas foram sondados, como o lateral Hereda e o atacante Thiago. 

“Já teve situação para os dois jogadores, principalmente para Thiago. A gente acabou de renovar o contrato de Hereda até 2022. Os meninos estão na prateleira, no mercado, mas só se for uma situação muito boa. O departamento de futebol não vai abrir mão nem de Hereda e nem de Thiago por qualquer coisa. Até porque estamos com o ano viabilizado. O ano está tranquilo. Se vai existir proposta ou não, de graça ou se for uma coisa irrisória, nenhum dos dois vai sair do Náutico”, apontou o dirigente.  

Essa convicção exposta por Edno baseia-se na confiança de que ambos os atletas podem render mais ao clube sendo mantidos no elenco e negociados a posteriori, em uma possível disputa da Série B do Campeonato Brasileiro, algo que pode se confirmar caso o Náutico consiga alcançar o principal objetivo da temporada que é o acesso à Segunda Divisão. 

“Estamos segurando, porque são jogadores que em uma Série B vão render muito mais. Um Thiago em uma Série B não vai ser R$ 4 milhões, vai ser muito mais.”

Base como política de gestão

Edno ainda afirma que ao assumir a presidência do Náutico teve como firme propósito tornar a base como uma viabilizadora do clube a nível financeiro. Para isso, foram feitas mudanças na forma como as categorias dos jovens valores são administradas no clube, atualmente. 

“Essa convicção com a base eu acho que a gente deve deixar normatizada, de maneira que outras gestões que vierem façam isso, não só pela condição financeira, mas por acreditar que o futuro do clube está na base. Quando assumimos o clube existia um diretor de base e a gente constituiu uma diretoria de base, com três diretores e cada um olhando para um ponto da base. Tem na esfera jurídica, na esfera administrativa e no campo profissional. Então quando vc começa a colher os frutos, você tem que olhar para trás e ver que isso não foi feita agora.”

O mandatário Alvirrubro ainda explica que estas mudanças mudaram o nível de credibilidade no mercado, fazendo com que o clube seja reconhecido como uma instituição com capacidade de negociação a nível internacional, algo que, segundo Edno, será o caminho para tirar o clube da atual crise financeira. 
 
“Quando você faz uma negociação certa, do começo ao fim, você começa a pegar credibilidade. Quando a gente assumiu o Náutico, a comissão levou vários e vários ‘nãos’ porque sabiam como estava a situação do clube. E hoje nos oferecem jogadores e consegue fazer uma negociação de R$ 1 milhão sabendo que é uma diretoria séria e que o jogador sério e que vai render frutos. Isso é muito importante. Agora talvez a torcida vai ver o R$ 1 milhão que entrou, mas daqui três ou quatro anos quando entrar R$ 10, R$ 15 milhões e quando a gente revelar mais ainda, como já estamos sendo vistos, como clube revelador, isso é muito bom para o clube. O caminho é a base para tirar o clube dessa situação financeira que está e projetar o clube para o exterior.”