Na súmula, o árbitro Leandro Pedro Vuaden registrou que, apesar da invasão por parte das torcedores, não foi registrado nenhum incidente de violência. "Após o término das cobranças dos tiros penais, para definir o vencedor da partida, conforme o regulamento, houve uma invasão generalizada da torcida do Náutico, para dentro do campo de jogo. Não houve hostilidade com a equipe de arbitragem”, escreveu.
Vuaden citou ainda que duas latas de cerveja e um bloco de gelo foram jogados para dentro do gramado, sem identificação do autor do arremesso. "Aos 20 minutos do segundo tempo, um torcedor não identificado do Náutico, localizado na arquibancada atrás do gol, arremessou na direção dos atletas do Paysandu, os quais estavam na área de aquecimento, duas latas de cerveja (vazia) e um bloco de gelo. Os objetos lançados não atingiram os jogadores."
"Se acontecer uma denúncia estamos tranquilo. O que deve ocorrer, no máximo, é uma multa", destacou o vice-jurídico alvirrubro. Para esses casos, o Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) prevê punições, que vão desde a multa de R$ 100 a R$ 100 mil, até a perda de mando de campo, de uma a dez partidas.
Em sua defesa, o Náutico utilizará casos onde também ocorreram invasões de campo por parte de torcedores e o clube não perdeu mandos de campo. "Não temos esse precedente no STJD de perda de mando de campo por conta disso. QUando o Treze, no ano passado, subiu da Série D para a Série C também houve invasão da torcida e o clube não foi punido. Caso o Náutico seja denunciado, esse exemplo será usado na defesa", finalizou.