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Após negociação, vice do Náutico revela 'estreitamento de relações' com o Flamengo

Segundo Diógenes Braga, foi criada uma relação de confiança entre os clubes, que faz parte também de um processo de reconstrução da imagem alvirrubra

postado em 15/12/2019 09:00 / atualizado em 15/12/2019 16:27

(Foto: Anderson Freire/ Esp. DP)
No mercado de transferências de futebol, os relacionamentos entre os clubes costumam ir e vir. As equipes conversam acerca do possível interesse em atletas - quem está em busca procura o time que detém os direitos do jogador e, assim, pode surgir um negócio pontual. No entanto, a transação entre Náutico e Flamengo envolvendo Thiago foi mais do que isso. Pelo menos é o que sugeriu o vice-presidente alvirrubro, Diógenes Braga.

De acordo com o dirigente, esta negociação serviu para 'estreitar relações' entre a equipe pernambucana e a carioca, indo além de uma mera transferência. Ele explicou porque ambos os clubes saem ganhando.

“A negociação passou muito por uma construção de aproximação entre os dois clubes. Essa aproximação vai além simplesmente de alguns jogadores emprestados. Vai no sentido de um clube (o Flamengo) que projeta demais para o cenário internacional e tem as maiores vendas recentes do futebol brasileiro. E que também é importante (para o Flamengo) aproximar de um clube (o Náutico) que tem trabalhado fortemente nas divisões de base e revelado muito”, avaliou. 

Diógenes, no entanto, evitou tratar como uma parceria, mas afirmou que se trata de uma relação de confiança entre os clubes, levando em conta também a forma que o Flamengo vai moldar o jogador do Náutico - e vice-versa.

"Quando se coloca o termo parceria, não é uma questão de colocar no papel que vai emprestar um jogador pago ou contratar um jogador por ano. É criar uma relação de confiança entre pessoas e clubes. É ter um jogador nosso, a maior joia que talvez o Náutico tenha revelado, no Flamengo, que vamos acompanhar mesmo ele estando lá", explicou.

Nos últimos dois anos o Flamengo registrou vendas importantes. Como, por exemplo, o atacante Vinícius Júnior ao Real Madrid por R$ 164 milhões. Além dele, o meia Lucas Paquetá foi negociado junto ao Milan-ITA por R$ 150 milhões.

"É aproximar o clube para que ele esteja acompanhando o que nós estamos desenvolvendo aqui e, além de tudo, criar um vínculo, ‘link’ entre pessoas. Hoje se fala muito em 'networking'. Então as coisas hoje vão muito além de simplesmente uma formalização de contrato".

"Estreitamento de relações entre os clubes. Um canal direto de contato, uma visão direta do Flamengo em relação ao que a gente revela. Uma situação de um nível de prioridade que a gente tem em alguns atletas que eles possam dispor. Toda uma situação de relacionamento entre clubes. Um negócio grande que foi efetivado. E um negócio desse para que seja efetivado é preciso que haja (interesse) não só da nossa parte, mas o Flamengo tem (também) da parte dele em relação a nós uma visão muito positiva”.

As especulações e comentários de bastidores em torno da transferência de Thiago do Flamengo para o Náutico - que registrou a maior venda da história do clube, por R$ 7 milhões, de acordo com o Jornal O Globo - duraram cerca de três dias. Tempo suficiente, na visão de Diógenes, para colocar o alvirrubro ainda mais em evidência. 

“Tudo isso faz parte de uma situação de reconstrução de imagem do clube, de credenciamento. Uma negociação dessas, tem alguma dúvida que a marca do Náutico valorizou? O quanto a marca do Náutico foi falada no futebol brasileiro nas últimas 24 horas. E foi falada revelando um atleta de grande projeção indo para o clube que está no melhor momento do Brasil. E isso coloca o Náutico em um patamar muito alto", finalizou.