Triste coincidência: Náutico tem histórico de atletas com lesões no joelho nos últimos anos

Com o anúncio da lesão do atacante Matheus Carvalho, o Náutico chegou segundo caso de ruptura de ligamento cruzado no joelho em 2020. No final do mês de janeiro, em treinamento, o atacante Álvaro levou a pior em dividida e acabou sofrendo lesão semelhante. Ambos têm período de recuperação estimado em mais de seis meses. Isso reforça uma triste coincidência que vem acontecendo no Timbu nos últimos anos: a perda de jogadores por longos períodos por causa de problemas no joelho. 

Ao todo, desde 2010, foram 23 atletas com lesões em ligamentos do joelho, sejam elas rupturas dos ligamentos cruzado, lateral ou medial. Neste período, o único ano em que não houveram problemas físicos desta natureza foi em 2013, quando o Náutico jogou a Série A pela última vez e acabou sendo lanterna com apenas 20 pontos somados. 

O ano em que houve o maior número de lesões desta natureza foi 2017, quando cinco atletas ficaram afastados por longos períodos (acima de três meses) para se recuperarem de rupturas parciais ou totais de ligamentos do joelho. Neste ano, os acometidos foram os laterais Hereda e Joazi, o volante Renato Júnior e os atacantes Rafael Oliveira e Gilmar. 

O caso mais emblemático é o volante Ramirez. O meio-campista chegou ao Alvirrubro em 2010, emprestado pelo Vitória e caiu nas graças da torcida. Acabou chegando em definitivo ao clube em 2011, quando começou a ser atormentado pelas lesões. No em janeiro do mesmo ano, o atleta sofreu ruptura no ligamento cruzado anterior e acabou não sendo aproveitado, pois além do longo período de recuperação, tinha um impasse judicial com o time baiano. Se recuperou e no ano seguinte, fez oito jogos, até que em agosto sofreu novamente com a ruptura do ligamento no joelho direito. Aos 32 anos, está aposentado desde 2016.

Na atual temporada, além de Matheus Carvalho e Álvaro, que se lesionaram recentemente, o Náutico também não pode contar com o zagueiro Camutanga, que foi um dos destaques da Série C e rompeu o ligamento cruzado na primeira partida da final contra o Sampaio Corrêa. Operado e em processo de recuperação, o defensor deve retornar a campo apenas em julho, após cumprir o protocolo de seis meses para a total reabilitação. 

2020 - Matheus Carvalho e Álvaro

2019 - Camutanga

2018 - Rogerinho

2017 - Rafael Oliveira, Hereda, Gilmar, Renato Júnior, Joazi

2016 - Niel e Taiberson

2015 - Jefferson Renan, Ronny e João Ananias

2014 - Luiz Alberto e Pedro Carmona

2012 - Rogério, Cascata, Ramirez e Rogerinho

2011 - Joelson (machucou em 2010, mas operou em 2011), Ramirez

2010 - Anderson Lessa