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PARALIMPÍADAS ESCOLARES

Filho de ex-jogador do Ceilândia ganha dois ouros em Paralimpíadas Escolares

Cláudio Irineu foi campeão nas categorias 200m medley e 100m costas

postado em 23/11/2017 15:36 / atualizado em 27/11/2017 14:22

Flickr/CPB
São Paulo - Com o mesmo nome do pai e seguindo seu exemplo, Cláudio Irineu participa dos Jogos Escolares Paralímpicos desde 2012. A inspiração do garoto de 17 anos é o próprio pai que também é atleta paralímpico do vôlei sentado e ex-jogador do Ceilândia. O jovem participa de sua sexta e última edição da competição. A despedida dos Jogos Escolares começou bem com dois ouros nas provas de 200m medley e 100m costas. 

A ascensão no esporte paralímpico foi rápida. Cláudio teve Síndrome de Guillain-Barré aos 8 anos. A doença é autoimune e ataca os nervos. “De um dia para o outro acordei sem mexer nada”, relembra. O nadador chegou a ficar internado na UTI e recuperou aos poucos os movimentos do corpo, mas ficou com sequelas nas pernas. 

A natação começou com a reabilitação. O primeiro contato com a água foi na fisioterapia do Hospital Sarah Kubitschek. Aos 12 anos, começou a competir. Para ele, o esporte permite com que as pessoas olhem para o deficiente de forma diferente. “Eu senti que as pessoas começaram a parar de me olhar como coitado”, conta. O jovem, que foi porta-bandeira do DF, ainda disputa provas nesta quinta e sexta-feira.

Mais do que qualquer nome de atleta, a inspiração para garantir resultados é o pai. Com o mesmo nome, Cláudio Irineu é ex-jogador do Ceilândia e foi com o futebol que sofreu o acidente que resultou na amputação da perna esquerda. Em uma partida de futebol de confraternização, Cláudio quebrou a perna e por uma negligência médica teve que amputar. 

Hoje, tem diferentes títulos no esporte paralímpico. Foi ouro no Parapan de 2007 no vôlei sentado e tetracampeão mundial de futebol de amputados. Além disso, já representou o Brasil na Paralimpíada de Pequim, em 2008. Cláudio foi o primeiro condutor da tocha paralímpica em Brasília, em 2016. 
 
*A repórter viaja a convite do Comitê Paralímpico Brasileiro