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Filha de ex-atleta, Tandara terá torcida do pai no jogo Brasil x EUA em Brasília

Seleção Brasileira de vôlei feminino joga amistoso contra campeão da Liga das Nações, no Nilson Nelson, em preparação ao Mundial

postado em 11/08/2018 08:00 / atualizado em 10/08/2018 20:42

William Lucas/Inovafoto/CBV
A Seleção Brasileira feminina de vôlei enfrenta os Estados Unidos no domingo (11/8), às 10h, no Ginásio Nilson Nelson. O amistoso integra a preparação das equipes para o Campeonato Mundial no Japão de 29 de setembro a 20 de outubro — os ingressos variam de R$ 25 a R$ 70. Entre jogadoras novatas e experientes do elenco verde-amarelo, uma terá raro privilégio a atletas de alto rendimento. Além de atuar em casa, a brasiliense Tandara contará com a presença da família nas arquibancadas, justamente no Dia dos Pais. “Já não passava essa data ao lado dele havia algum tempo e terei essa grande felicidade neste fim de semana”, comenta a atacante.

Evaldo Caixeta é ex-jogador amador de vôlei da Associação Atlética Banco do Brasil e sonhava com a Seleção Brasileira. “Por conta de lesões e outros problemas, ele não seguiu a diante, mas acabou que eu consegui proporcionar isso a ele”, orgulha-se a filha Tandara, principal arma do ataque do atual elenco do Brasil. “Sempre que possível, ele está me acompanhando. Fico feliz em passar o Dia dos Pais ao lado dele. Será muito importante para nós”, completa a oposta.

A atleta que estreou na Superliga pela extinta equipe candanga Brasil Telecom, aos 16 anos, em 2005, está prestes a alçar voos mais altos. Eleita a melhor jogadora da última edição do torneio nacional atuando pelo Osasco, Tandara optou por jogar na China na próxima temporada. Ela também recebeu propostas de clubes de Brasil, Rússia, Turquia e Itália. “Meu trabalho no Brasil foi feito com muita dedicação e entrega. Aprendi e achei que estava na hora de conhecer outro país, uma nova cultura”, explica. 

Com a camisa do Brasil, a campeã olímpica dos Jogos de Londres-2012 é a bola de segurança da equipe, que vive momento de renovação no ciclo olímpico rumo a Tóquio, em 2020. Há sete anos, porém, a brasiliense de 1,86m estreava com a camisa adulta da Seleção Brasileira também em um amistoso internacional justamente no Nilson Nelson. O local guarda uma atmosfera especial para a atleta da casa. Quando era criança, era neste ginásio que ela sonhava atuar. 

Cristiano Andujar/Inovafoto

Na volta à capital federal pela Seleção, Tandara, 29 anos, assume papel de protagonista e reconhece a responsabilidade que tem. “Acredito que sou um dos pilares da Seleção, junto de outras meninas. Uma bola de segurança”, avalia. A alegria de ter conseguido agarrar as oportunidades que surgiram vem acompanhada pela cobrança dela própria, cada dia maior, de um crescimento que também reflita na evolução da equipe. 

Agora, Tandara está prestes a arrumar a mala para jogar uma temporada na China. Mesmo assim, a menina que saiu de Brasília ainda aos 17 anos, quando foi jogar pelo Osasco na campanha que rendeu o vice-campeonato da Superliga 2007/2008, não descarta retornar às origens. Só não sabe quando. “Amo Brasília, pretendo morar aqui novamente um dia. Fico feliz com a oportunidade e será um reencontro muito bacana.”


Breve turnê das seleções de vôlei pelo país

Gaspar Nóbrega/Inovafoto/CBV
A Seleção desembarcou no Aeroporto Internacional de Brasília na noite de ontem para jogo que integra a fase de preparação para o Campeonato Mundial, o principal desafio do time verde e amarelo na temporada. Ao todo, serão quatro amistosos contra as norte-americanas, atuais campeãs da Liga das Nações. Depois da capital federal, a equipe comandada pelo técnico tricampeão olímpico José Roberto Guimarães joga em Belém, Uberaba, Rio de Janeiro e Manaus.

“Jogar em diferentes cidades não faz tanta diferença para nós, mas é bacana para os torcedores. Mais regiões vão ter a chance de estarem próximas da Seleção”, avalia Tandara. No próximo sábado, às 21h45, será a vez de a equipe masculina de jogar um amistoso em Brasília. Também no Ginásio Nilson Nelson, a o time comandado por Renan Dal Zotto encara a Holanda. O objetivo é se preparar para o Mundial, de 9 a 30 de setembro, na Bulgária e na Itália. Atual vice-campeã, a Seleção jogará pelo tetracampeonato. 

A equipe feminina vem de uma quarta colocação na Liga das Nações, torneio que substituiu o Grand Prix, em campanha que teve 14 vitórias e cinco derrotas em maio deste ano. Nesta temporada, o time B do Brasil terminou em quarto lugar na Copa Pan-Americana, em julho. Na sequência dos amistosos disputados no Brasil, a Seleção defenderá o título no Montreux Volley Masters, na Suíça, de 4 a 9 de setembro. Depois, parte para a busca do ouro inédito no Mundial do Japão. 

Para os próximos desafios, o Brasil conta com o retorno das campeãs olímpicas Fernanda Garay, Thaísa, Dani Lins e Natália. “São grandes jogadoras, estamos na expectativa de recuperarmos todas elas e ganharmos ainda mais corpo, com um grupo muito coeso”, almeja Tandara. A levantadora Dani Lins ficou fora de atividade por causa do nascimento da filha, Lara. A central Thaísa, única remanescente do elenco campeão nos Jogos Olímpicos de Pequim-2008, passou por cirurgia delicada no joelho. As duas voltaram à Seleção no time B para a Copa Pan-Americana.


Serviço
Amistoso internacional
Brasil x Estados Unidos
Onde: Ginásio Nilson Nelson 
Quando: domingo (11/8)
Horário: 10h (abertura dos portões às 8h)
Ingressos: de R$ 25 a R$ 70 (à venda na bilheteria do ginásio, no Brasília Shopping ou pelo site www.tudus.com.br)