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Uninassau investe em tecnologia para reduzir risco de lesões na equipe de basquete feminino

Equipamentos também ajudam a melhorar desempenho das atletas

postado em 03/03/2018 16:12 / atualizado em 03/03/2018 16:44

Robson Neves/RD Sports/Divulgação
Termovisor, estabilometria, CK, baropodometria. Esses são alguns dos aliados da Uninassau para a Liga de Basquete Feminino deste ano. Equipamentos de alta tecnologia que, utilizados em conjunto, prometem ajudar a evitar lesões e alavancar o desempenho do time comandado por Roberto Dornelas, que estará em quadra neste domingo para encarar o São Bernardo, às 17h, no Ginásio do Sesc de Santo Amaro.

“Ajudar” porque o trabalho de prevenção já vinha sendo bem feito pelos profissionais. No ano passado, a Uninassau foi a equipe menos afetada por lesões. Dayvisson Marques, de 34 anos, é um dos fisioterapeutas responsáveis pela prevenção e reabilitação das atletas. Garante que uma das maiores razões desse feito é o trabalho de prevenção que vem sendo realizado. 

Robson Neves/RD Sports/Divulgação
“A gente trabalha principalmente com a prevenção das jogadoras para não haver a necessidade de reabilitá-las, pois sabemos que um processo de reabilitação é muito mais caro e o envolve um prejuízo muito maior”, explicou. “Nós estudamos o perfil do time e trabalhamos forte para evitar lesões, tanto em âmbito específico de cada posição, quanto do grupo em geral”, acrescentou. 

Além das avaliações através dos equipamentos, durante dois dias na semana o time da Uninassau tem o aquecimento pré-treino comandado pelo departamento de fisioterapia. “Outra maneira de prevenir lesões é o treino proprioceptivo, que é um trabalho de prevenção de lesão. A gente elabora um plano de movimento que simula situações do jogo e concluímos onde o grupo precisa mais de proteção”, contou Dayvisson.

Efeitos

Com todo esse aparato de cuidado, quem mais ganha benefícios são as jogadoras. É o caso de Gilmara, que é pivô, capitã da equipe e sofreu um entorse no pé no jogo contra o Blumenau realizado no dia 25 de fevereiro. Ela conseguiu voltar para a partida e foi uma das cestinhas do duelo. 

“Essa lesão só não teve um agravante maior porque eu estive fazendo o trabalho preventivo. Nós encaramos esses treinos e avaliações com muita seriedade, porque sabemos que é para o nosso bem. Espero que esse trabalho continue sendo feito até o fim da temporada, porque todo atleta está sujeito a lesões”, destacou Gil, como é conhecida.

Os equipamentos

Termovisor 

“O termovisor avalia a temperatura e a qualidade do tecido muscular. A partir desse índice nós conseguimos prever uma lesão muscular ou até mesmo acompanhar uma inflamação, uma lesão articular. Esta previsão nos mostra quais são as atletas que já estão no limite de sofrerem contusão e pode ser decisiva na hora de poupá-las”

CK

“O CK é mais um índice. A sua função é indicar a qualidade do desgaste muscular e o funcionamento metabólico da atleta. O aumento dos níveis de CK, junto com o aumento da temperatura do músculo avaliado, indica um desgaste significativo. É muito provável que se continuarmos dando carga àquela atleta, ela vai sofrer uma lesão muscular ou uma tendinite, que vai limitar o seu movimento.”

Baropodometria 

“A avaliação da baropodometria exige que o atleta fique em pé numa plataforma que identifica a pressão plantar, ou seja, a distribuição do peso corporal dela. Se eu vejo que ela tem uma pressão plantar muito maior no lado direito do que no lado esquerdo, muito possivelmente todo o membro inferior dela e todo o corpo estão com tendência a se jogar para o lado direito, podendo sobrecarregar muito mais as articulações naquele lado do que do outro.”

Estabilometria 

“A estabilometria me ajuda a ter noção do equilíbrio do corpo da jogadora em relação ao espaço. Isso vai influenciar no tipo de contração muscular que ela vai executar também na sua liberdade de movimento, que vai sobrecarregar ou não as articulações.”