RIO DE JANEIRO

A maior torcida estrangeira finalmente chega ao Brasil, mesmo longe da seleção dos EUA

Norte-americanos compraram 196 mil ingressos na Copa do Mundo, mas muitos estão no Rio de Janeiro

postado em 16/06/2014 19:06 / atualizado em 16/06/2014 23:16

Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

Cassio Zirpoli
Enviado especial

Rio de Janeiro -
A espera foi grande, mas finalmente chegou o dia da estreia da seleção, uma verdadeira paixão nacional. Para quase todos os países a frase pode ser aplicada sem problema algum. Ao falar dos Estados Unidos, porém, é comum torcer o nariz quanto à veracidade do sentimento sobre o futebol, ou "soccer" para os norte-americanos. Os números da Copa do Mundo de 2014 rebatem um pouco esse pensamento. A torcida dos EUA é a maior entre os estrangeiros no Brasil. De acordo com a Fifa, 196 mil ingressos foram parar nas mãos de moradores do país. Para se ter uma ideia, o segundo lugar no ranking dos gringos com mais bilhetes é da Argentina, com 61 mil.

O primeiro jogo da seleção foi marcado apenas para o quinto dia do Mundial, com quase todo mundo tendo entrado em campo. Na primeira rodada, duelo contra Gana, em Natal. No Rio, camisas brancas, azuis e vermelhas começaram a aparecer, a se misturar entre argentinos e chilenos, maioria nos primeiros dias nos principais pontos turísticos.

O distintivo US Soccer era exibido com plena satisfação no calçadão de Copacabana pela família de Greg Foster, de 47 anos. Ele veio num grupo com duas famílias, na verdade. Todos com três jogos comprados. O primeiro, claro, é dos EUA, mas bem longe da praia carioca. A partida será contra Portugal, em Manaus. O embarque no Galeão ocorre já com data para voltar à Cidade Maravilhosa. As viagens, aliás, serão rotina para o time norte-americano, que encerra a participação na primeira fase no Recife, contra a Alemanha.

Além do jogo na segunda rodada do grupo G, Greg comprou ingressos para duas partidas no Maracanã. Ao saber que seu país representava a maioria entre os estrangeiros, o torcedor demonstrou orgulho. "Vamos fazer uma boa Copa", disse Greg, já com uma pequena bola Brazuca nas mãos, comprada já no país. Durante a reportagem, outros americanos circularam na orla, mesmo consciente da distância da equipe em relação ao Rio de Janeiro. O importante é estar no Brasil. Mesmo assim, há quem diga que eles não gostam do football jogado com os pés.