Clubes do estado gostam da ideia do My Own Player

Trazer jogadores no sistema crowdfounding (financiamento coletivo) poderia ser uma estratégia adotada pelo Trio de Ferro. Afinal, são clubes com tradição e torcida necessárias para se “chegar junto”, utilizando o jargão popular. Principalmente, nos casos de Sport e Náutico que encaram, no segundo semestre, uma Série A marcada pelo abismo financeiro entre os clubes do Nordeste e os do eixo Sul-Sudeste. A história também mostra que as campanhas com os seus fiéis seguidores já geraram sucesso fora das quatro linhas. O auxílio braçal e financeiro para a construção dos estádios do Arruda, Ilha do Retiro e Aflitos, por exemplo.

Nesse novo cenário do futebol brasileiro, o presidente do Timbu, Paulo Wanderley, é o que mais se mostra suscetível. De acordo com o dirigente, o Alvirrubro esteve até perto de lançar uma campanha parecida para manter o atacante Kieza, que acabou se transferindo para o futebol árabe no começo deste ano. “Essa é uma grande jogada de marketing, que eu acho possível de ser feita pelos times de Pernambuco. Mesmo sabendo que em São Paulo a renda per capita é maior”, afirma.

No time rubro-negro, a tática também é vista com bons olhos pelo presidente Gustavo Dubeux. Porém, ela só sairia do papel por um jogador de peso. Alguém que, de fato, seja incontestável com a bola nos pés. “Essa é uma estratégia muito boa, mas que precisa cuidado para não macular o nome do Sport com uma campanha massiva e uma arrecadação pequena. É preciso ter um nome certo e de peso para valer a pena”, observa.

Santa Cruz
No clube tricolor, o presidente Antônio Luiz Neto enxerga a estratégia My Own Player como uma saída secundária. “Essa é uma estratégia muito boa. No Santa Cruz ocorreram campanhas parecidas com relação ao patrimônio que deram certo. Mas isso nunca passou pelos nossos planos. Seria muita mais viável para o clube que o torcedor, em vez de pagar diretamente por um jogador, virasse sócio”, declara.