Futebol Nacional

VIOLÊNCIA

Justiça determina extinção das três principais torcidas organizadas de Pernambuco

Juiz Augusto Sampaio Argelim determinou a extinção imediata da Torcida Jovem do Sport, Fanáutico e Inferno Coral, do Santa Cruz

postado em 18/02/2020 16:27 / atualizado em 18/02/2020 19:06

(Foto: Divulgação)
Atendendo a um pedido feito pela Procuradoria Geral do Estado, o juiz Augusto Sampaio Argelim, da 5ª Vara da Fazenda Pública da Comarca do Recife, decretou na tarde desta terça-feira pela extinção das três principais torcidas organizadas do Estado: Jovem do Sport, Inferno Coral, do Santa Cruz, e Fanáutico.

Com as decisão, as três facções, que já estavam impedidas de frequentarem os estádios, agora também terão encerrados os seus Cadastros Nacionais de Pessoa Jurídica (CNPJ), ficando assim impossibilitados de exercerem quaisquer atividades comerciais. Elas também terão suas contas bancárias bloqueadas e as sedes fechadas.

Na última sexta-feira, a PGE havia solicitado o julgamento "imediato e simultâneo" de duas ações movidas pelo Ministério Público que solicitavam a extinção desses grupos. A primeira ação civil pedindo o fim das três organizadas datava de 2012, enquanto a segunda era de 2014. As uniformizadas ainda podem recorrer da decisão ao segundo grau do Judiciário.

Mesmo assim, para o presidente da Federação Pernambucana de Futebol (FPF), Evandro Carvalho, que também fez parte da ação pedindo a extinção das três uniformizada, a extinção significa um marco no combate à violência praticada por membros desses grupos.

“Esse é o resultado de todo o esforço em conjunto no sentido de endurecer o combate a esses grupos. Essa decisão acaba com a legitimidade de representação desses grupos, que não podem mais alugarem espaços para eventos e festas, terão seus CNPJs extintos e com isso também não poderão exercer nenhuma atividade comercial, eliminando assim a capacidade financeira deles. Essas torcidas também passarão a ter as contas bancárias bloqueadas e as sedes fechadas”, afirmou Evandro.

Ainda segundo o mandatário da FPF, a extinção das três maiores uniformizadas do Estado não significa o fim do combate à violência no futebol. “Depois do carnaval estaremos indo para Brasília para um encontro junto à comissão de Justiça da Câmara para estudarmos leis mais duras para esses vândalos. Para que quem cometa esse tipo de crime vá para a cadeia”, completou.
 
(Foto: JusBrasil)