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Roberto Fernandes não se mostra preocupado com saídas e pede elenco experiente na Série C

Para treinador alvirrubro, perfil da Série C pede jogadores mais rodados

postado em 17/11/2017 18:30 / atualizado em 17/11/2017 19:33

Léo Lemos/Náutico
Oficialmente, o técnico Roberto Fernandes ainda não renovou seu contrato com o Náutico para a próxima temporada. O que não vem impedindo o treinador de participar do planejamento do clube. Nesta sexta-feira, o comandante voltou a dar detalhes do que pretende para o Timbu em 2018. E além de adiantar que pretende contar com um elenco mais experiente para a Série C, não se mostrou preocupado com a saída de alguns jogadores. Até o momento, já deixaram o alvirrubro o zagueiro Breno Calixto e os atacantes Dico e William. Outros atletas, titulares na campanha do rebaixamento, como o meia Diego Miranda e o volante Amaral também receberam propostas de outros clubes. 

Para Roberto Fernandes, pela campanha fraca na Série B, que culminou na queda com três rodadas de antecedência, é natural que haja uma reformulação do elenco. "Sinceramente não está me preocupando (a saída de jogadores). Acredito que a gente vai ficar com uma base muito enxuta. Às vezes você tem bons jogadores, mas esses jogadores juntos não conseguem o rendimento esperado. O Náutico está caindo de forma antecipada, com um primeiro turno muito abaixo e um segundo turno regular. A nossa defesa está entre as piores e o nosso ataque só é melhor que o do ABC. É preciso fazer uma analise fria. Se fala muito em sequência, mas desde que essa sequência venha de bons resultados. E aqui o caso é oposto. É natural que seja um número bem baixo de permanências", analisou.

Por conta do orçamento para 2018, que sem cotas de televisão será ainda mais enxuto do que este ano, Roberto Fernandes sabe que precisará contar no elenco com vários jogadores formados nas categorias de base. Porém, alertou que o perfil para a Série C não pode ser de um grupo jovem. Na visão do treinador, apenas um terço do elenco deve ser de pratas da casa.

"Nós vamos precisar ter uma valorização da base, desde que esses jogadores mostrem capacidade de permanecer. Mas a Série C não é uma divisão de revelação. Se pegar os clubes da Série C que conquistam o acesso, a média de idade da equipe titular é 28 ou 29 anos. Além disso, a visibilidade da Série C é outra. E para se revelar os jogos precisam ser vistos e a competição não é muito vista. Por isso precisamos ter equilíbrio. Vamos precisar de uma sustentação dos garotos da base, mas no segundo semestre, a Série C é uma competição cascuda. Não é uma divisão de garotos", explicou Roberto Fernandes, que citou o atual campeão da divisão, o CSA, para embasar seu pensamento.

"O CSA só tem jogador rodado. Até porque a própria competição dá esse direito. A quantidade de jogos é quase a metade da Série B e só aos finais de semana. Com isso se pode ter jogadores mais experientes atuando em alto rendimento porque há tempo suficiente para descansar para o próximo jogo. Isso tem sido conversado com a direção. A gente vai ter essa sustentação da base, até porque não vamos ter um orçamento grande. No mínimo, um terço do elenco formado pela base. Mas na equipe titular a gente precisa entender que a Série C é uma competição mais cascuda", repetiu.