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Capitão na estreia, Hygor revela rodízio da braçadeira e admite mau começo do Náutico

Atleta ainda faz pedido à torcida e diz que Timbu é favorito em jogo na Arena

postado em 11/01/2018 14:54 / atualizado em 11/01/2018 15:59

Nando Chiappetta/DP
Na manhã desta quinta-feira, o volante alvirrubro Hygor participou de coletiva de imprensa no CT do clube. Atual capitão do Náutico, o jogador esclareceu o comportamento de chateação demonstrado na partida da última segunda-feira contra o Itabaiana, falou sobre um possível rodízio de liderança, comentou a sua relação com o técnico Roberto Fernandes e frisou um suposto favoritismo da equipe. Muito comunicativo, Hygor foi claro nos seus posicionamentos e, apesar de reconhecer os problemas pelos quais o Náutico está passando, demonstrou confiança e prometeu entrega e dedicação na decisão contra o Itabaiana, que se dará no próximo sábado, às 16h, pela Copa do Nordeste. 

“Pra ganhar tem que fazer gol”

“A gente precisa fazer gol e sabemos disso, mas também não adianta fazer de qualquer forma. Estamos trabalhando, sabemos que precisamos melhorar e se não for no sábado a gente tá fora. Temos conhecimento disso tudo, mas o jogo precisa acontecer naturalmente. Não adianta ficarmos afobados. Criamos algumas chances nesse primeiro jogo contra o Itabaiana tivemos duas chances de contra ataque que poderiam ter matado o jogo; é questão de detalhe. Na calma e tranquilidade iremos descobrir a melhor jogada para conseguir concluir o gol.”

“Revolta” da última partida e “favoritismo” na Arena

“Sobre o primeiro jogo, em termos de dedicação, não faltou entrega. Isso é um ponto positivo, mas eu realmente estava muito chateado com a parte técnica. A gente não jogou, e, como eu falei, o Náutico é favorito onde vai jogar esse ano, então precisamos demonstrar esse favoritismo dentro de campo. Porém, temos que respeitar também a equipe do Itabaiana. Eles chegaram às quartas de final na Copa do Nordeste ano passado, não é uma equipe boba. É um grupo que tem uma tradição uma história. Além disso, eles estão entrosados, tem uns 15, 20 dias a mais de trabalho e isso, para início de trabalho, conta muito. Mas sabemos que dentro da Arena o nosso favoritismo dobra. Precisamos ter inteligência para não perdermos o jogo por afobação.”

Rodízio da braçadeira

“Em relação a ser capitão, o Roberto me definiu para o primeiro jogo, mas vai haver um rodízio, eu não sei se serei eu novamente; provavelmente o Negretti, o Wallace pernambuco, não sei. O grupo sabe quem são os líderes, foi definido, tem uns 5/6 jogadores escolhidos e o Roberto vai alternar. Acho interessante. O Náutico está passando por problemas e não adianta colocar tudo em cima de uma pessoa só.

O que um bom líder precisa ser?

“O líder precisa ser natural, não adianta ser forçado. Todos evoluem, mas ninguém aprende a ser líder. É uma característica natural. Tem que estar no perfil de uma pessoa que sabe se comunicar, que tenha caráter e bom senso, além de saber manter a calma nas horas mais quentes."

“Ainda preciso evoluir muito. Sou um cara que gosto de dar conselhos, de ajudar quem tá subindo, tá aí o Wagner, o Gaúcho, gosto de ajudar esse pessoal porque eu fui ajudado quando era mais novo. Me comunico muito com todos. Já conheço o Roberto, trabalhei com ele em outras oportunidades e acho que isso contou muito a favor da escolha dele em me fazer um dos capitães.”

Relação com o professor Roberto

“A pessoa tem que saber lidar com o jeito explosivo dele, mas é um cara extremamente inteligente, extremamente homem, de caráter, isso vale muito. Tem os seus defeitos, todo mundo tem, mas acho que as qualidades dele superam os defeitos. Nos outros dois clubes (Bangu e Confiança) nos quais trabalhei com ele, foi uma relação extremamente profissional e se engana quem pensa que tem alguma coisa fora disso. Eu soube me adaptar e me adequar à forma dele de trabalhar. Voltar a estar com ele, acabou juntando o útil ao agradável.”


Pedido à torcida

“Eu já fui torcedor e sei como é. É difícil, mas peço que as pessoas vão como, de fato torcedores, vão pra apoiar. O jogo só acaba depois que o juiz apita. Até o minuto 90 tem muita coisa pra acontecer. Não dá pra exigirem muita coisa da equipe, porque temos pouco tempo de trabalho, mas a gente precisa ganhar o jogo. Ganhando a partida, o resto nós vamos ajustando com o tempo; a gente sabe que é muito mais fácil treinar a parte defensiva do que a parte ofensiva. Construir é sempre mais difícil, então requer um pouco mais de tempo. Mas estamos preparados para encarar essa decisão”, concluiu o volante com uma perspectiva otimista e confiante para a partida contra o Itabaiana.”