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Eliminação na Série C atrasou em pelo menos 60 dias entrega dos Aflitos, calcula diretor

De acordo com vice de patrimônio Eduardo Absalão, diminuição de receitas vem dificultando as obras, mas estádio deve ser entregue em dezembro

postado em 19/09/2018 16:40 / atualizado em 19/09/2018 16:58

João de Andrade Neto/DP
A eliminação precoce do Náutico na Série C do Campeonato Brasileiro, além de adiar o retorno à Série B, também trouxe um impacto negativo para outra prioridade do clube na temporada. No caso, a volta aos Aflitos. De acordo com o vice-presidente de patrimônio alvirrubro, Eduardo Absalão de Carvalho, se o Timbu tivesse obtido o acesso, a entrega do estádio, atualmente prevista para dezembro, poderia ter sido reduzido em pelo menos dois meses. 

Isso porque, pelo menos 30% dos recursos das obras são oriundos do próprio clube, com um parceiro financeiro arcando com os outros 70%. E com o futebol alvirrubro parado por quatro meses, naturalmente há diminuição de receitas como um todo, afetando o repasse para os Aflitos. O orçamento inicial para a requalificação do estádio foi de R$ 5,5 milhões, dos quais entre R$ 3,5 milhões e R$ 4 milhões são oriundos do investidor, cabendo ao Náutico custear pelo menos R$ 1,5 milhão. 

Vale ressaltar ainda que parte dos recuros obtidos com o parceiro comercial só deverão ser usados na segunda parte do projeto, que prevê a requalificação da área atrás da arquibancada central, na rua Manoel de Carvalho, com a construção de bares, lojas e uma praça aberta ao público.

"É importante frisar que as obras não estão paradas. Estamos reformando agora os setores de imprensa, bares e banheiros das cadeiras, salas de antidoping, além de finalizarmos a colocação do alambrado de vidro. A cobertura dos banco de reservas também devem ser instalada nos próximos dias. As coisas estão andando, mas poderiam estar andando de uma forma mais forte se tivéssemos conseguido o êxito no acesso. Se tivessemos subido anteciparíamos a entrega do estádio com certeza para setembro ou meados de outubro", destacou o vice de patrimônio timbu.

Ainda de acordo com Eduardo Carvalho, além do encerramento das atividades do futebol, outro fator que vem prejudicando o repasse dos recursos do clube para a obra é a diminuição das doações espontâneas de torcedores na campanha "Voltando pra Casa". Para se ter uma ideia, no lançamento, em fevereiro, foram arrecadados pouco mais de R$ 100 mil em 24 horas. Sete meses depois, esse montante era de R$ 500.363 até esta quarta-feira. 

As doações seguem abertas pelo site www.voltandopracasa.com.br e o torcedor pode contribuir com pacotes de R$ 25 (sócios), R$ 50 (não sócios), R$ 99,90 (dividido em R$ 9,99), R$ 500 (dividido em dez parcelas de R$ 50), R$ 1 mil (dividido em 10 parcelas de R$ 100) e R$ 6 mil (divididos em dez parcelas de R$ 600). Há ainda um campo para doação de valores livres. 

"É fundamental esse engajamento do torcedor para que nós possamos junto ao investidor complementar o que precisamos para fazer esse jogo inaugural. A reforma não está parada, mas o que vai dizer se o Náutico abre com a maior brevidade possível é esse engajamento do torcedor que é de fundamental importância nesse momento", concluiu Eduardo.