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Sindicato dos jogadores do Estado vê acordo 'próximo' após proposta dos clubes da Série B

Segundo advogado do sindicato, Artur Pedro Vieira, ideia apresentada pelos clubes, entre eles o Náutico, é quase idêntica ao que querem os atletas

postado em 26/03/2020 18:14 / atualizado em 26/03/2020 18:25

(Foto: Caio Falcão/CNC)
Após o Náutico, alinhado com os demais clubes da Série B, apresentar um pacote de medidas para tentar minimizar os prejuízos financeiros motivados pela paralisação das competições em decorrência da pandemia do coronavírus, a reportagem do Diario de Pernambuco procurou a direção do sindicato dos jogadores do Estado para saber como as propostas foram recebidas pelos atletas. E ao tudo leva a crer, um acordo, enfim, está bem próximo de ser homologado.

Dentre os pontos definidos pelos clubes estão a antecipação das férias, entre os dias 1 e 20 de abril (com possibilidade de prorrogação por mais dez dias), o comprometimento do pagamento integral dos salários de março e a possibilidade de redução em 25% das remunerações caso o futebol nacional siga paralisado após o período das férias. Segundo o advogado do sindicato dos jogadores de Pernambuco, Artur Pedro Vieira, a proposta dos clubes da Série B é quase idêntica à defendida pela Federação Nacional dos Atletas Profissionais de Futebol (Fenapaf).

“Nós recebemos a proposta apresentada pelo Náutico e ela quase bate com a proposta apresentada pela Fenapaf e que será apresentada à comissão nacional dos clubes. Um acerto está mais perto do que longe. Nós já tivemos grandes vitórias”, destacou o representante dos atletas locais.

Segundo Artur Vieira, na proposta da Fenapaf os jogadores gozariam das férias em abril (30 dias), mas recebendo o valor proporcional apenas em maio, até o dia 5. Além disso, no final do ano, entre as festividades de Natal e réveillon, os atletas teriam direito a mais 10 dias de folgas remuneradas. Além disso, com relação ao salário de março, os jogadores receberiam os valores do salário relativos à carteira de trabalho e também ao direito de imagem.

Por sinal, a possível suspensão do direito  de imagem e a possibilidade de diminuição em 25% dos salários caso o cenário não volte à normalidade após as férias antecipadas, parecem ser os únicos pontos ainda divergentes entre as propostas de clubes e atletas. “O único ponto que está pegando é a imagem. O salário de março, por exemplo, precisa ter a carteira e a imagem integral e precisam ser pagos”, disse o advogado do sindicato.

“Com relação aos outros meses (corte de 25%), isso é uma coisa que teremos que ver no futuro, em outra reunião. Ninguém sabe como vai estar a situação. Falar em desconto agora é precipitado”, finalizou Artur Vieira.