Santa Cruz blinda contratos dos jogadores que chegam para reforçar o time na temporada 2015

Pouco antes da 22ª rodada da Série B do ano passado, o Santa Cruz ficou refém de um contrato mal amarrado. O meia Carlos Alberto acabou deixando o time e voltou para o Atlético-PR, detentor dos seus direitos econômicos. Isso sem o Tricolor receber um centavo sequer dos paranaenses. A diretoria ficou de mãos atadas na reta final do campeonato. De fato, não havia nada que pudesse impedir o retorno do jogador à sua equipe de origem. O episódio rendeu agora um aprendizado aos dirigentes corais. Para esta temporada, todos os reforços estão vindo ao Arruda com acordos menos escorregadios. O clube se blinda como pode.

Os oito reforços que chegaram para 2015 demoraram para assinar com o Santa Cruz. Por muitas vezes, chegaram a começar a treinar com o restante elenco sem ter ainda o contrato devidamente firmado. A demora se dá, justamente, porque o departamento de futebol trava verdadeiras batalhas nos bastidores, com os clubes donos dos atletas, empresários e com os próprios jogadores, a fim de evitar que perca novamente essas peças durante o ano. Condiciona a contratação de todas elas à uma cláusula que os impede sair do Arruda a custo zero.

Caso um time peça de volta um jogador emprestado, assim como aconteceu com Carlos Alberto em 2014, o Tricolor receberá agora alguma compensação financeira. Se o atleta quiser quebrar o contrato e se transferir para outro time, também terá de uma multa ao Santa.

“Para evitar o que aconteceu no passado, com Carlos Alberto, todos os jogadores que estão chegando estão tendo essas cláusulas no contrato. Ele só vai poder ser liberado após o término do vínculo conosco. O clube não vai mais liberar jogador em meio de competição”, garantiu o gerente de futebol do Santa, Ataíde Macedo.