Santa Cruz

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Martelotte relativiza vaias: 'É mais importante para o torcedor do que para quem recebe'

Técnico ressalvou, porém, que atletas mais jovens podem sentir a pressão

postado em 25/02/2016 10:45 / atualizado em 25/02/2016 10:43

Redação Superesportes /Diario de Pernambuco

Ricardo Fernandes/DP
Ainda no primeiro tempo do jogo contra o Juazeirense, elas apareceram nas arquibancadas do Arruda: as vaias. Direcionadas, sobretudo, ao lateral Tiago Costa e ao meia Daniel Costa. Reservas que estavam em campo substituindo Alan Vieira e João Paulo, respectivamente, vetados pelo departamento médico coral.

A reação da torcida expõe um problema do elenco coral já observado na partida contra o Sport, no domingo: a ausência de peças de reposição à altura dos titulares. Deficiência escancarada no duelo com o Juazeirense. Por conta da ausência de alguns jogadores, o técnico Marcelo Martelotte optou, inclusive, pela mudança do esquema - entrou com três zagueiros. O resultado foi um desempenho abaixo da média deste início de temporada.

Vaias legítimas, mas que não incomodaram o treinador coral. Ele, inclusive, questionou o sentido das vaias. "Não me incomoda. São quase 30 anos (no futebol). Você aprende a conviver com isso, a relativizar a importância da vaia. Eu tenho certeza que a vaia é muito mais importante para o torcedor do que para quem está recebendo, para o técnico, para a equipe de um modo geral. Porque ela não funciona. Não sei qual é o objetivo de quem vaia, mas qualquer que seja não funciona.Não funciona como apoio, não funciona como pressão."

Mais jovens
Martelotte destacou ainda que não vê o elenco "sofrendo" com as vaias, tendo o seu desempenho afetado. Ressalva apenas para os atletas mais jovens do elenco. "Muitos desses meninos mais novos novos podem sentir, nesse momento, uma uma pressão maior pelo comportamento do torcedor. Mas tem que aprender com isso também. Se quer ser jogador de futebol, tem que passar por cima disso."