O artigo em questão fala sobre “assumir qualquer conduta contrária à disciplina ou à ética desportiva não tipificada pelas demais regras”. Segundo o advogado do Santa Cruz, Pedro Avelino, a denúncia seria algo inusitado e com poucas chances de condenação ao treinador e que teria como o objetivo de censurar uma opinião.
“Acho improvável que o TJD aplique a punição. O artigo em que Leston foi denunciado é algo abstrato. Nosso sentimento é que a denúncia é uma censura por uma opinião, a qual ele tem a liberdade para fazer, pois, foi uma crítica que foi feita para preservar os atletas do clube devido ao péssimo estado do gramado.”
Em caso de condenação, Leston Júnior poderia pegar gancho entre uma e seis partidas, mesma punição vigente para jogadores, comissão técnica e dirigentes que sejam enquadrados neste artigo. No caso de pessoas externas que venham a ser enquadradas e punidas pelo mesma violação, a punição vai de 15 a 180 dias.
Após a partida da última quarta-feira, contra o Petrolina, o executivo de futebol do Santa Cruz, teceu críticas a denúncia feita ao treinador coral. “Hoje se você for claro, for verdadeiro por algumas coisas, você acaba sendo punido. O Jurídico do clube está atento quanto a isso. Era algo para não estarmos nos preocupando, pois temos um clássico e uma semana decisiva. Temos o Sinop, temos o Sport, no dia 17 e vamos ter que nos preocupar, inclusive com o horário, que é às 18h30. Vamos ter que mudar o esquema de treinamento. Até no dia a dia vão nos prejudicar, mas as pessoas que podem responder por isso já estão atentas aos detalhes.”
Procurada pela reportagem do Superesportes, a Federação Pernambucana de Futebol (FPF), através de seu diretor de competições, Murilo Falcão, se isentou da acusação. “Não tenho conhecimento da denúncia. Vai ser tudo com o Tribunal”, afirmou.