Santa Cruz

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Justiça mantém pena dos condenados por morte de torcedor com privada do Arruda

Defesa dos três réus havia entrado com uma apelação criminal pedindo a anulação da sentença

postado em 12/09/2019 14:19 / atualizado em 12/09/2019 14:18

<i>(Foto: Paulo Paiva/DP
)</i>
Os três homens condenados pela morte de um torcedor atingido por uma privada arrancada do estádio do Arruda, em 2014, tiveram suas penas mantidas. As defesas dos réus entraram com uma apelação criminal tentando anular a sentença. Em outro recurso, o Ministério Público de Pernambuco pediu a revisão das penas aplicadas. Entretanto, na última segunda-feira, o Tribunal de Justiça negou os pedidos.
 
O Ministério Público de Pernambuco afirmou, por meio de nota, que "o recurso apresentado no processo nº 0030702-87.2014.8.17.0001 pedia o reconhecimento do concurso material entre os crimes de homicídio consumado e homicídios tentados, no lugar do concurso formal. A 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça decidiu, por maioria de votos, por reconhecer o concurso formal impróprio entre os delitos, medida que tem como efeito aumento da pena. O outro pedido do MPPE, que diz respeito à consideração da conduta dos réus na fixação da pena, foi negado porque o Tribunal entendeu que o juiz do caso já havia considerado esse aspecto na análise de personalidade dos réus. Por esse motivo, o acórdão da 2ª Câmara aponta que houve provimento parcial ao recurso apresentado pelo MPPE".
 
No dia 2 de setembro de 2015, após 12 horas de júri popular, Waldir Pessoa Firmo Júnior foi condenado a 28 anos e nove meses de prisão, Everton Filipe Santiago de Santana a 28 anos e seis meses e Luiz Cabral de Araújo Neto a 25 anos de reclusão.
 
Um ano antes, no dia 2 de maio de 2014, Paulo Gomes Ricardo da Silva, de 26 anos, morreu ao ser atingido por uma privada atirada da arquibancada do Arruda, no momento em que ele saía do estádio, junto com um grupo de torcedores. Eles tinham ido assistir a um jogo entre Santa Cruz e Paraná, pela Série B, e estavam na torcida adversária. Três dias depois, Everton Felipe Santiago foi preso e confessou a participação no crime, cometido junto com outras duas pessoas. Luiz Cabral de Araújo Neto foi preso três dias depois. Ele havia se escondido em uma cidade do interior do rio Grande do Norte. No dia seguinte, Waldir Pessoa Firmo Júnior se entregou à polícia.
 
Duas privadas foram arrancadas e atiradas no grupo de pessoas que estavam na torcida do Paraná, inclusive pernambucanos, integrantes de uma facção que usa o nome do Sport e se dizia "aliada" de uma organizada do Paraná. Um objeto atingiu Paulo Gomes Ricardo da Silva, que morreu na hora. Os estilhaços atingiram ainda outras três pessoas, que tiveram ferimentos leves. Paulo Gomes Ricardo da Silva era torcedor do Sport.