Sport

Proibido

Diretoria do Sport adverte Neto Baiano e proíbe camisas da organizada

Em jogo contra o Salgueiro, atacante comemorou com camisa da Torcida Jovem e ainda fez o gesto utilizado pela uniformizada rubro-negra

postado em 16/02/2014 15:39 / atualizado em 16/02/2014 19:47

Redação Superesportes /Diario de Pernambuco

Depois de marcar o seu segundo gol sobre o Salgueiro, na última quarta-feira, o atacante Neto Baiano levantou a camisa do Sport para exibir a amarela da facção organizada que usava por baixo. Os punhos cruzados “coroaram” a celebração. Um ritual costumeiro, de apoio dos jogadores a essas “torcidas”. Que a diretoria do Sport resolveu colocar um ponto final.

Além de advertir o atacante, os dirigentes rubro-negros decretaram a proibição de comemorações desse tipo. Veto exclusivo para o caso das organizadas. Segundo o diretor de futebol Arnaldo Barros, uma medida que condiz com o discurso da gestão em relação aos episódios de violência relacionados ao futebol. “O Sport se alia com campanhas contrárias à violência nos estádios. A gente distribui folhetos pedindo paz, promove campanhas com os jogadores. E aquela atitude do nosso atleta poderia ser entendida como um incentivo ou apoio aos grupos que têm a violência como valor”, destacou.

Não custa lembrar que, de maneira geral, o gesto de levantar a camisa nas comemorações é passivo de punição com cartão amarelo. No Sport, entretanto, há uma gradação para este tipo de deslize. “Temos compromissos com os patrocinadores, com valores éticos, como é o caso das organizadas, mas entendemos também que o gol é um momento em que o atleta extravasa e às vezes, ele pode deslizar. Temos punições adequadas como a orientação, a advertência verbal e a punição. Cada caso é debatido para tomarmos a medida mais apropriada”, explicou Arnaldo Barros. Como não havia nenhuma recomendação anterior, Neto Baiano escapou somente com um puxão de orelhas.

Não seria exagero associar a proibição ao prejuízo causado ao clube pelos episódios de violência. Como o de ontem, por exemplo. O time jogou de portões fechados por conta do conflito entre membros da facção com policiais militares no jogo contra o Botafogo, no Almeidão. “Não diria que tomaremos medidas contra esta organizada, mas contra todas as organizadas que se utilizam da violência”, assegurou o dirigente. “Mas também entendemos que o problema das organizadas não é algo que depende somente do clube mais. É um fenômeno social”, acrescentou.

Paulo Paiva/DP/D.A.Press