SPORT
Amor, agradecimento e mágoas com o Sport: leia a entrevista completa com o meia Everton Felipe
Atleta de 17 anos afirmou que não deseja mais voltar para a Ilha do Retiro
postado em 13/11/2014 08:29 / atualizado em 13/11/2014 10:09

Saiba mais
Superesportes entrevista // Everton Felipe, 17 anos
O Internacional
Não estou menosprezando o Sport, tenho um carinho grande pelo clube independentemente do que a diretoria fez ou não, mas o Inter é um mundo. A base do Inter é um mundo à parte. São coisas específicas. Para cada coisa, há um especialista para ensinar você a bater falta, a finalizar, a cabecear, tudo. Sou grato ao Sport, mas criei amor pelo Inter, por tudo o que os caras vêm fazendo por mim. Aqui me valorizaram demais. Em uma semana, estava jogando como titular no sub-17. Conheci um mundo que me impressionou. Às vezes, me pergunto ‘isso tudo é para mim mesmo?’.
Se tivesse ficado no Sport
Não posso dar certeza, pois não passei esses últimos seis meses aí. Mas posso dizer que eu já havia amadurecido muito no profissional e iria amadurecer mais. Em nenhum momento eu pensei em sair do Sport com 16 anos, queria fazer história aí, mas na nossa vida acontecem coisas que não têm como controlar. O Inter chegou na minha vida e disse ‘tô contigo até o fim’. Espero um dia encerrar a carreira no Sport, não sei. Mas com toda verdade digo: quero ficar aqui.
Retorno ao Sport
Sinto um amor pelo Sport e pela torcida, mas sou profissional, jogador. Tenho carinho pelos funcionários e torcedores, principalmente. Sinto emoção quando vejo, acompanho todos os jogos. Fico até emocionado em falar… Mas por tudo que está acontecendo na minha vida aqui, tudo o que o Inter vem fazendo por mim, posso afirmar: tenho certeza que não volto mais. O Inter vai exercer o papel de compra de 50% dos direitos econômicos e federativos e vai poder decidir onde eu vou jogar.
Por que não voltar?
Muitas coisas aconteceram no Sport que me deixaram triste, mas é principalmente por o Inter ter me abraçado e me dado essa estrutura para evoluir.
O que deixou você triste no Sport?
Não gostaria de tocar no assunto, seria uma falta de ética, mas posso dizer que estava jogando e lembro de estar entrando nas partidas, e de repente, nem ser relacionado eu era mais.
Isso foi quando Eduardo Baptista entrou?
Admiro o trabalho que ele faz, agradeço pela oportunidade que ele vem dando aos companheiros da base e torço para ele. Não sei qual foi o problema, se ele não fez por mim, ele faz pela base. Torço para que ele fique mais 20 anos e dê oportunidade a todos da base.
O fato de não jogar com ele foi o que te deixou mágoas?
Deixou pouco de mágoa porque eu amadureci bastante no time, pensava um pouco diferente aí. Mas ainda sou uma criança tenho muito a aprender no futebol. Fui abençoado por Deus.
Geninho
A Geninho sou grato. Ele me revelou, por causa dele estou aqui, por causa dele vou vencer na vida. Ele me deu oportunidade. Eu estava bem e, de repente, foi como tirasse o chocolate da boca de uma criança.
Mas você não acha que quiseram preservar você?
Pode ter sido também, entendo essa parte. Mas mesmo sendo novo mostrei que poderia ter dado mais e ter tido mais oportunidades. Não me comparo a ninguém, não vou citar nomes, mas se mostrei que poderia fazer algo, nem que fosse um pouco, acho merecia mais oportunidades.