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Daniel Paulista quis voltar a ser jogador do Sport; ex-volante fala sobre nova função e projetos

Revelação foi feita por Baptista. Daniel explicou situação e falou dos planos

postado em 12/12/2014 19:00 / atualizado em 12/12/2014 19:48

Daniel Leal /Diario de Pernambuco

Ricardo Fernandes/DP/D.A Press
“Eu encerrei a carreira do Daniel Paulista.” A revelação é do técnico Eduardo Baptista, que contou detalhes de como o ex-volante, então em atividade, aposentou-se precocemente aos 32 anos como jogador para se tornar auxiliar-técnico do Sport. Se, para uns, o ex-atleta foi precipitado ao parar de jogar, para o próprio Daniel Paulista os meses seguintes à decisão se tornaram a melhor resposta. Feliz com a nova profissão, o assistente de Eduardo na Série A falou à reportagem do Superesportes dos planos para 2015 e para a sua carreira. Revelou que espera, em um futuro ainda distante, ser o treinador do Sport.

Quando assumiu o Leão no último mês de fevereiro, Eduardo, que já conhecia o ex-volante desde a época do título da Copa do Brasil (2008), recebeu uma ligação. Era Daniel Paulista. “Ele ligou dizendo: ‘acho que ainda dá para eu jogar aí. Eu preciso somente de uma oportunidade’. Eu disse a ele o seguinte: para de jogar e vem aqui comigo. Ele veio”, contou Eduardo Baptista em entrevista ao Podcast 45 minutos, do Diario de Pernambuco.

Daniel Paulista encerrou a carreira após duas temporadas no ABC. Credenciado por ser conhecido como a voz do técnico Nelsinho Batista em campo durante o título da Copa do Brasil, já chegou ao Leão para um período de estágio. Em poucas semanas, estava efetivado e contratado: seria o segundo auxiliar de Eduardo Baptista (que já contava com Pedro Gama para a função). Passou, a partir de agosto, a ser o responsável pelos treinamentos dos atletas que não eram relacionados para os jogos e ficavam no Recife.

Confira abaixo a entrevista completa com Daniel Paulista, por telefone. O auxiliar-técnico falou com o Superesportes da sua casa, em Ribeirão Preto, interior de São Paulo, onde passa as suas férias do Leão.

Eduardo revelou que você ainda pretendia voltar a jogar pelo Sport. Como aconteceu a sua vinda para a Ilha?
Eu estava em atividade no ABC, em Natal e quando surgiu a possibilidade de ir para o Sport eu já sabia que era como auxiliar, nao tinha mais pretensão de, naquele momento, voltar a ser jogador. Já era um pensamento meu ingressar na nova função, pois achava que, para mim, no futebol, as coisas estavam mais difíceis. Quando surgiu a oportunidade com Eduardo não pensei duas vezes. Abracei e fui ficar junto com ele. E ainda era no Sport. Juntou-se o útil ao agradável: começar a função no Sport, clube que tenho um carinho especial e junto com Eduardo.

Mas então a história que Eduardo contou, que você teria pedido para voltar a jogar pelo Sport, não é verdade?
Pode até ter acontecido, sim, sabe. Mas conversamos tantas coisas que, às vezes… pode ter acontecido. Mas sabia que seria difícil. Quando se apresentou essa oportunidade de ingressar como auxiliar não pensei duas vezes.

E o que fez você parar de ser jogador tão cedo?

Alguns fatores influenciaram. Infelizmente, o futebol a cada dia está mais exigente, principalmente com os jogadores que passam dos 30 anos. O mercado fica mais difícil para o jogador e não adianta ficar insistindo muito pois, na verdade, futebol acaba ficando numa situação de ilusão. A maioria dos clubes atualmente passam por dificuldades e, passam a ficar meses de salários atrasados. Daqui a pouco poderia chegar ao ponto de eu pagar para jogar. Já estava enxergando isso e se valia ficar longe da família, sem receber e sendo cobrado mesmo com todas as dificuldades. Então, resolvi dar o ponto final na minha carreira.

Como era a sua relação com Nelsinho Baptista?

Sempre foi muito boa. Ele foi o treinador com quem vivi a minha melhor fase como atleta e tenho muito a agradecer a ele as oportunidades e o aprendizado durante o tempo que a gente trabalhou juntos.

Eduardo Baptista chegou a falar que o pai dele, Nelsinho, via você como a voz dele dentro de campo.
É verdade. Mas me coloquei assim em praticamente todos os clubes em que passei. Fui um jogador que me expressava bem, sabia me colocar para os outros atletas. Eu tinha liderança e comando dentre os jogadores e, quando trabalhei com Nelsinho, não foi diferente. Mas acredito que essa passagem me fez ganhar maior destaque pelas conquistas, mas sempre foi parte da minha carreira. A maioria dos clubes que passei fui capitão em várias ocasiões. É uma característica minha.

Quando você pretende deixar de ser auxiliar para se tornar treinador de fato?
Não tenho essa previsão de quando quero assumir um time ainda. Hoje estou muito feliz com a função que exerço e sou muito grato a Eduardo por tudo o que ele vem fazendo por mim. Terei que agradecer pelo resto da minha carreira.

Pretende um dia treinar o Sport?
Sempre tive o sonho de, quem sabe, um dia, em um futuro distante, dirigir um grande clube do cenário nacional. E lógico que o Sport seria uma dessas equipes por tudo o que eu vivi na Ilha do Retiro. Mas não tenho previsão agora de ser treinador porque tenho que ter muito aprendizado e muitas horas de comissão técnica a preencher para me sentir capaz.

Como você tem se qualificado para o cargo?
Ainda não tive tempo de fazer um curso e tentar me aperfeiçoar. Foi tudo muito rápido, mas com o tempo vou procurar ir me especializando. Além disso, no dia a dia a gente procura estudar, assiste a muitos jogos do Sport e dos adversários para estar sempre atualizado.

Em caso de saída de Eduardo do Sport você iria com ele ou ficaria?
Nunca foi conversado nada sobre isso. Não sei dizer se vou ser o auxiliar fixo do clube ou se vou com Eduardo, em caso de uma futura saída dele. Não sei se ele vai querer que eu vá, se o clube vai querer que eu fique. São situações futuras, mas nada foi conversado ainda.

Agora falando mais do Sport. Onde você acredita que o time pode chegar em 2015?
Estou muito otimista para esse próximo ano até porque a equipe já começa com a base pronta para iniciar o ano e com algumas contratações pontuais que são necessárias. Temos uma grande quantidade de jogadores que vão ficar e esse fator nos deixa na frente dos demais adversários. Temos que trabalhar para fazer um 2015 melhor que 2014. E novamente ganhar o estadual e o Nordestão, além de fazer uma Copa Sul-Americana melhor e até buscar uma classificação mais adiante do que neste ano na Série A. Temos tudo para isso. O clube nos dá totais condições e estrutura para alcançarmos esses objetivos.

Você está incumbido de observar a equipe da Copa São Paulo em janeiro, certo?
Estou em Ribeirão Preto, na minha cidade, e só vou me reapresentar no CT dia 12, depois do resto do elenco, pois eu vou acompanhar a Copa São Paulo, sim. Como a cidade sede do Sport será próxima daqui da minha cidade, estarei perto por um pedido de Eduardo Baptista. Vou acompanhar os garotos e ver se conseguimos encontrar algum garoto se destacando para trabalhar esses meninos da base visando 2015. Queremos encontrar um novo Joelinton.
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