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Ainda em desequílibrio, Sport passa a ter ataque em alta na Série A e vê defesa acumular gols

Após assinalar apenas um tento nas quatro primeiras rodadas, setor ofensivo já balançou as redes em 23 ocasiões; enquanto isso, retaguarda é a 2ª mais vazada

postado em 19/07/2016 10:00 / atualizado em 19/07/2016 11:33

Brenno Costa /Diario de Pernambuco

Rafael Martins/ Esp. DP
Volte no tempo. Lembre do começo do Sport na Série A. Foram quatro jogos e apenas um gol marcado. Acelere o tempo. Na 15ª rodada, o cenário se inverte. O Leão da Ilha já soma 23 tentos. Está com o sexto melhor ataque da competição. Perde apenas para os integrantes do G4 mais o Atlético-MG. Vive em plena evolução na linha ofensiva. Por outro lado, Oswaldo de Oliveira convive com outra preocupação. A defesa, único setor mantido de uma temporada para a outra, acaba por falhar. Várias vezes. Com isso, o Rubro-negro já sofreu 26 gols no Brasileiro. Só não é pior que o lanterna América-MG, com 27.

O jogo do último domingo contra o Grêmio encerrado em 4 a 2, portanto, reflete muito bem o atual cenário do Sport. Para vencer, o time precisa marcar muitos gols. Para vencer, o time precisa de Diego Souza. O atleta é o quarto jogador mais decisivo para a própria equipe em toda a Série A. Fica atrás, na ordem, de Grafite, Gabriel Jesus e Arrascaeta. Participou diretamente de 10 gols, marcando oito e dando duas assistências. De todos os 15 pontos conquistados, só não balançou as redes ou deu o último passe em um. E foi no empate em 0 a 0 com o São Paulo.

Mas a evolução ofensiva do Sport também conta com outros coadjuvantes. Com a chegada de Edmílson, Vinícius Araújo acabou sacado. O substituto, apesar de ter atuações irregulares, fez três gols. Já Everton Felipe, aos 18 anos, encara a sua primeira Série A. Teve um começo abaixo, com dificuldade nas disputas mano a mano e falhas no passe. Mas, as poucos, sobe de produção. Contra o Grêmio, colocou a bola na cabeça de Diego Souza após uma cobrança de escanteio em que era muito criticado e sofreu um pênalti. Completa o setor criativo, Rogério. Tido como grande reforço é a peça que falta engrenar.

Por conta disso, a diretoria se movimentou para trazer mais um atacante. O colombiano Luis Carlos Ruiz foi o escolhido. Assim, deve reforçar o Leão na sequência da Série A. A expectativa é que ele se firme numa posição em que rodaram diversos jogadores e nenhum se firmou.

Defesa vira problema
Reforços também são esperados para a defesa, mas não um zagueiro propriamente dito. Após anunciar, ontem, o lateral direito Apodi, que também pode fazer o papel de ponta, o Sport acertou com o volante Paulo Roberto, do Bahia. Ele, que passa por exames nesta terça-feira para depois ser anunciado, chega para dividir a proteção da defesa e a saída para o ataque com Rithely.

O hoje titular Serginho é o nome mais criticado da equipe. Apesar de defendido por companheiros e treinador, recai sobre o atleta cobranças constantes com relação a erros de passe e falhas no posicionamento na entrada da área que permitem ao rival ter espaço e tempo para definir as jogadas perto da meta leonina.

Outro ponto de discordância é a dupla de zaga. Para o jogo contra o Cruzeiro, no próximo domingo, o Sport tem o retorno do capitão Durval. Mas o seu parceiro pode ser alterado. Após a estreia, Ronaldo Alves vira concorrente direto de Matheus Ferraz. No entanto, seguindo a estratégia de Oswaldo de Oliveira de preservar o time, deve ficar no banco de reservas.

Melhores ataques da Série A
Palmeiras - 31 gols
Santos - 27 gols
Corinthians e Grêmio - 25 gols
Atlético-MG - 24 gols
Sport - 23 gols

Piores defesas da Série A
América-MG - 27 gols sofridos
Sport e Chapecoense - 26 gols sofridos
Cruzeiro - 25 gols sofridos
Botafogo - 24 gols