"Cobramos cerca de 20 meses de salários atrasados ao Al-Nassr. Na época, ele (Brocador) estava impedido de treinar e estava desresgistrado. Nosso objetivo é de que ele receba as indenizações devidas, que seria o restante do contrato", explicou o advogado do atleta, Breno Tanuri, em entrevista ao Superesportes.
A controvérsia jurídica, na verdade, pode ser uma estratégia para adiar a definição dos pagamentos atrasados que Hernane cobra do clube. Possibilidade que foi confirmada pelo advogado do atleta. "Com esse litígio, existe a possibilidade da resolução do processo se estender sim. O prazo é de ter uma resposta pelo menos nos próximos dois anos", concluiu.
Na Ilha do Retiro, a diretoria ameniza o caso. O Sport somente foi notificado pela Fifa com uma solicitação para que apresente à entidade sua versão dos fatos envolvendo a negociação de Brocador. "Única coisa que eu posso dizer é que o clube recebeu uma notificação da Fifa para apresentar sua versão dos fatos. Ainda não foi enviado, mas temos um longo prazo para fazer isso. O escritório já está com a documentação e com a citação do pedido da Fifa", esclareceu o diretor de futebol, também atuante no setor jurídico do clube, Rodrigo Barros.
Para o dirigente, ainda, o imbróglio envolvendo o atacante não deve apresentar danos ao Rubro-negro. "Preocupação óbvio que acontece, mas porque isso é natural. Não vejo onde o Sport possa ser prejudicado nessa situação."
O caso de Brocador
Foram três meses de incerteza até que o nome de Brocador fosse publicado no Boletim Informativo (BID) da CBF, por empréstimo até o fim do ano de 2015. O atacante chegou ao Sport para assinar contrato no dia 20 de abril, mas somente foi regularizado em 28 de julho. A questão era de que, quando veio ao Recife, o atleta deixou o Al-Nassr, dos Emirados Árabes, em litígio, após três meses de salários atrasados. Por esse motivo, entrou com um processo junto à Fifa pedindo a desvinculação com o clube árabe.
Antes ainda de ser regularizado e estrear pelo Rubro-negro, o atacante teve o nome publicado no BID como atleta do Mirassol-SP (clube ligado aos representantes do jogador) no dia 27 de julho.
O Al-Nassr
O caso de Brocador, ainda, não é o único trâmite em que o clube árabe está envolvido. Quem também move uma ação em cima da instituição é o Flamengo. Desde quando o atacante deixou o rubro-negro carioca pelo Al-Nassr, entre o fim de 2014 e o início de 2015, o clube brasileiro não recebeu os valores de que tinha direito pela transferência do atleta.