Sport

SPORT

Magrão entende como normal pressão sobre Ney: "Se perde três, sobra para o técnico"

Para goleiro e ídolo rubro-negro, cobrança sobre Ney Franco é característica da cobrança por resultados. Leão da Ilha venceu um dos últimos oito jogos

postado em 16/05/2017 09:00 / atualizado em 16/05/2017 09:34

Nando Chiappetta/DP
Com uma vitória, dois empates e cinco derrotas nos últimos oito jogos, a pressão em cima do trabalho do técnico Ney Franco no Sport chegou ao seu ponto mais alto às vésperas da primeira partida da final da Copa do Nordeste, contra o Bahia. Questionado sobre as críticas ao treinador, o goleiro Magrão, jogador mais experiente do elenco, adotou um discurso moderado. Para o camisa 1, as cobranças são inerentes ao cargo de treinador, principalmente diante dos maus resultados recentes. Só irão cessar com o retorno das vitórias. A começar pela decisão frente o baianos, quarta-feira, na Ilha.

"É por isso que não vou querer ser nunca treinador", brincou o ídolo leonino, antes de falar sério. "A gente sabe que no futebol, quando não tem vitórias, a cobrança é muito grande sobre o treinador. Mas a gente acredita que, se nós fizermos um bom jogo e conseguirmos uma sequência de vitórias, as coisa vão voltar ao normal. Futebol é isso. Se perde três, quatro, sobra para o técnico", destacou.

"Infelizmente, no futebol, principalmente no Brasil, é assim. Estamos vivendo isso agora. Vivemos há um tempo atrás com o Daniel (Paulista, que voltou a ser assistente-técnico). Quando começou com vitórias, era o melhor. Depois, não teve resultados e se trocou o Daniel. Traz o Ney Franco, que começa a ir bem, com vitórias, e se disse que tinha solucionado o problema do Sport. Mas agora troca porque não serve. E assim vai. Infelizmente, as vitórias são o que mantêm o treinador e as derrotas fazem com que haja as mudanças", completou Magrão.

Porém, independentemente do comando técnico da equipe, para o goleiro o primeiro ponto a ser modificado para o Sport sair desse momento delicado é a atitude dos jogadores em campo. O camisa 1 também garantiu que o golpe das derrotas por 3 a 0 sobre o Danubio e 4 a o para a Ponte Preta já foram devidamente assimilados.

"Temos que mudar a nossa postura. Nos últimos jogos, fomos presas fáceis para os adversários e não tivemos reação e, por isso, perdemos essas partidas de maneira vexatória. Mas, nessa temporada, já apresentamos um bom futebol, como no jogo contra o Santa Cruz, quando tínhamos a obrigação de fazer dois gols e não tomar nenhum e conseguimos, na casa do adversário, e no jogo contra o Campinense, na Ilha. Mostramos que, quando o time precisa, temos condições. Isso dá esperança de que somos capazes de conseguir de novo", pontuou Magrão.