Um efeito é certo. O meia, que não apareceu para treinar no sábado e não seguiu com a delegação do time para Curitiba, não estará em campo. O Sport jogará, portanto, sem o seu principal atleta. O técnico Vanderlei Luxemburgo não estava pronto para montar o time sem ele. Tem poucas opções para substituí-lo. Meia de criação nato, só existem dois no elenco: Diego e Everton Felipe. Este, porém estava sendo escalado mais na ponta. Ou o treinador coloca Everton no meio e escala Rogério ou reedita a formação com três volantes.
As consequências, entretanto, vão além do desfalque no meio de campo para a partida. A ausência tem uma densidade maior pelas circunstâncias. Ao que tudo indica, a atitude de Diego Souza foi uma forma do atleta pressionar a diretoria do clube para aceitar as condições impostas por ele para a sua permanência na Ilha do Retiro. Pretendido pelo Palmeiras, ele admitiu o desejo de ficar, mas pediu um aumento salarial e a extensão no contrato - o vínculo atual termina em dezembro de 2018.
O jogador teria radicalizado a sua postura porque, caso entrasse em campo hoje, o seu poder de negociação seria reduzido. A partida contra o Coritiba seria a sua sétima pelo Sport na Série A. Fosse escalado, não poderia mais atuar por nenhum outro clube na primeira divisão do Campeonato Brasileiro. Não jogar, portanto, deixa em aberto a possibilidade de transferência.