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Diego Souza quebra silêncio, explica resguardo e crava que Sport não vai ser rebaixado

Leve, meia admitiu que má fase que viveu poderia ter o afastado da seleção brasileira, nega mágoas com a torcida e trata nova convocação como incentivo

postado em 24/10/2017 18:00 / atualizado em 24/10/2017 20:31

Ricardo Fernandes/DP
Diego Souza voltou a conceder uma coletiva no Sport. Reconvocado à seleção brasileira na última sexta-feira, quebrou o silêncio na reapresentação desta terça-feira, no CT do clube. Foram quase três meses sem falar. Tranquilo e aparentemente leve, abordou diversos temas na entrevista: o seu resguardo pessoal, a chance na Copa do Mundo de 2018, as críticas que vieram da torcida e a luta do Rubro-negro contra o rebaixamento na Série A, o que garante que não irá acontecer.    

O início do silêncio de Diego Souza coincidiu com a negativa da diretoria do Sport em liberá-lo para o Palmeiras e de um problema pessoal que viveu, em julho. No dia 12 daquele mês, logo após a não concretização da transferência para o Verdão, chegou a criticar a maneira que o clube conduziu a negociação. “Não me respeitaram”, havia dito. Depois do silêncio, justificou que precisava do período sem falar à imprensa.

"Já me ouviram demais. Fiquei sem falar por opção minha, nada demais. Tenho que jogar bola. Quem trabalha com a voz é cantor. Me resguardei para poder trabalhar bastante e ajudar da melhor maneira possível. Nada contra ninguém. Foi opção de ficar mais tranquilo", relatou.

Retorno à seleção

Depois do fim das tratativas com o Palmeiras, DS87 passou por “jejum” 11 jogos sem gols (a sua quarta maior seca de gols no clube), começou a ser advertido com cartões frequentemente nas partidas, ficou ausente da lista dos chamados à seleção e chegou a ter o nome pichado no muro da Ilha do Retiro, sendo chamado de "falso ídolo" em protesto da torcida. Mas ele reencontrou o caminho o caminho das redes e atuações melhores há quatro jogos na temporada. Voltou a ser lembrado pelo técnico Tite e quer cavar uma vaga na Copa do Mundo de 2018, na Rússia.

"Fico feliz com a possibilidade de lutar com minhas forças com grandes jogadores da seleção brasileira. Quem sabe posso ir à Copa do Mundo. Isso faz com que a gente continue trabalhando." Em meio à má fase que enfrentou, o jogador contou ainda que não desanimou por novas convocações. Mas sabe que poderia ter se afastado da Canarinho. "Se você não está em alto nível, você se afasta de tudo. A gente fica chateado. Mas não tenho vaidade. O mais importante é (o Sport) vencer está todo mundo feliz", pontuou. 

Cobranças da torcida

Mágoa com as críticas que recebeu da torcida rubro-negra, nenhuma, garantiu DS87. "Em momento algum, tive mágoa da torcida", declarou. Enxerga aquela sua queda de rendimento como natural. "Todo jogador tem momentos de altos e baixos. É normal, principalmente no Brasil. A gente acaba jogando jogos seguidos. É desumano." 

Ameaça de rebaixamento

Além da seleção, outro foco de DS87 é livrar o Leão da queda à Série B. Ele assegura, no entanto, que o rebaixamento para a Segunda Divisão não irá acontecer. "Claro que a gente fica preocupado. Ninguém quer estar nessa situação, quer estar em situação muito melhor, mas a gente sabe da nossa capacidade e é hora de a onça beber água. A gente sabe da nossa responsabilidade e o Sport não vai cair."

Olho na 'Sula'

Diego Souza mira também outra frente na temporada: a Copa Sul-Americana. Na próxima quinta-feira, na Ilha, o Rubro-negro enfrenta o Junior Barranquilla pela primeira partida das quartas de final. "É um jogo decisivo. Estamos bem próximos de conseguir chegar numa final", frisou.

Sport desfalcado

Por conta da convocação, Diego Souza pode perder até três jogos do Sport na reta final do Brasileiro, entre a 33ª e a 35ª rodadas. É certo que ele não poderá atuar contra Botafogo, em casa, e Atlético-GO, fora, e chegará em cima da partida com o Palmeiras, em São Paulo. 

Diego Souza é o segundo goleador rubro-negro na temporada, com 18 gols. Tem ainda outros dois com a camisa da seleção brasileira - um deles, inclusive, eternizado como o mais rápido da história canarinha, marcado sobre a Austrália, com 12 segundos de jogo. DS87 foi convocado cinco vezes consecutivas, mas não vinha sendo chamado.