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Analistas do Sport vasculham mercado e sugerem lista de atletas: saiba como funciona

Setor catalogou cerca de 50 reforços para 2018 e nomes aguardam aval de novo treinador; profissionais da pasta ajudam também o Brasil na Copa

postado em 07/12/2017 14:25 / atualizado em 07/12/2017 18:57

Yuri de Lira/DP
Assim como os jogadores, todo o corpo técnica do Sport está de férias desde o fim da Série A. Mas um setor específico do staff rubro-negro quase não sossega no período de descanso. Os analistas de desempenho do clube, além de examinar a seleção da Sérvia a pedidos da CBF para a disputa da Copa do Mundo, também não esquecem o próprio clube. Em tempo de entressafra no mercado da bola, os profissionais se mantêm alerta por novas contratações após terem entregue à direção uma lista com cerca de 50 nomes de possíveis reforços para 2018.

Já na reta final da temporada, os analistas Thiago Duarte e Thiago Alves catalogaram diversos jogadores que podem se encaixar no time no ano que vem. Simultaneamente, ainda examinam sugestões de empresários e dirigentes do Sport.

“O nosso departamento funciona de três formas: primeiro com a prospecção em todos os campeonatos de nível nacional, avalia algumas indicações de parte externa e outras de parte interna, de algum diretor. Com um banco de dados, a gente indica atletas no fim da temporada, que têm condições técnicas e desportiva de jogar no Sport. No fim de novembro, a gente entregou essa lista de atletas prospectados por nós. São muitos, cerca de 50. Teoricamente, a gente entrou de férias, mas fica online fazendo avaliações e acompanhamentos”, contou Duarte. 

Para o processo de renovação de peças, eles também são consultados. “A gente passa algumas informações. A base da nossa informação é qualitativa, mas também quantitativa junto de fisiologia, preparação física. Quando nos é solicitada informação sobre permanência, a gente coloca nossa posição em termos de analistas táticos, de pessoas que analisam mais o contexto que atuações pontuais”, falou ainda Thiago Duarte. 

Mas, sem o Sport ter anunciado um treinador para 2018, os analistas não negam que o trabalho deles neste intervalo de uma temporada para outra ainda é incipiente. Muitas das indicações deles, naturalmente, vão ficar pelo caminho. 

“Isso é muito institucional. (O clube) tem que acreditar muito naquilo que a gente fala. Tem todo um corpo técnico que avalia, a parte médica também, a da fisiologia e do treinador. (As contrações) vão depender muito do que o treinador vai querer, do perfil que ele vai buscar”, expôs Thiago Alves. Nesta temporada, nomes de titulares da equipe como o lateral-direito Raul Prata, o esquerdo Sander, o volante Patrick, além do atacante Marquinhos, foram sugestões dos analistas após uma análise minuciosa das peças.

Profissionais avaliam a Sérvia

Além de trabalhar pelo Sport, os analistas leoninos ajudam também na missão da seleção brasileira para a Copa do Mundo do ano que vem, na Rússia. A CBF solicitou a 19 clubes da Série A (com exceção do Flamengo) o monitoramento das outras seleções do Mundial. O Leão ficou com a Sérvia, que está justamente no grupo da Canarinho na competição. A mudança no comando técnico do time do Leste Europeu (Sinisa Mihajlovic sucedendo Cladimir Petrovic) atrapalhou a análise dos profissionais leoninos. 

“A gente tem acesso á todos os jogos da Sérvia, de anos atrás. Mas o que nos interessa é as Eliminatórias e como eles estão com a nova direção técnica. O novo técnico só tem dois jogos. Ele mudou a estrutura de jogar e alguns jogadores. Então, o que a gente tem de informação da Sérvia, a gente está arquivando em termos de comparação. Agora a gente está colhendo novos dados porque mudou a filosofia de jogo”, pontuou Duarte.

Ainda assim, Thiago Duarte consegue traduzir o estilo de jogo que observou da Sérvia. Garante que bem diferente da extinta seleção da Iugoslávia (país desintegrado em 1991 após a queda do bloco socialista e que deu origem a sete nações diferentes, incluindo a Sérvia - separada de Montenegro em 2006).

“Ela está um pouco diferente (da Iugoslávia). Está com forma de jogo mais reativa. É uma equipe que defende muito bem, fecha muito bem os espaços e procura defender em zona. Basicamente, o ataque dela é em velocidade. Não usa triangulação como a escola iugoslava”, avaliou.