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Everton Felipe comparece à festa da Jovem, uniformizada rompida com diretoria do Sport

Em vídeo, meio-campista do clube aparece cantando música que faz alusão à violência; ao Superesportes, atleta tentou justificar presença no evento

postado em 18/12/2017 16:44 / atualizado em 18/12/2017 20:43

Reprodução/Facebook
Everton Felipe se envolveu em mais uma polêmica. No último domingo, o meia do Sport participou de uma festa da Torcida Jovem do Sport, cujo clube tem relações oficialmente rompidas. No vídeo, o atleta puxa gritos da uniformizada em confraternização realizada no Clube da Compesa, no bairro de Engenho do Meio - Zona Oeste do Recife.

Um dos trechos entoados pelo atleta faz apologia clara à violência. A "música" trata-se de um funk da organizada. A parte cantada por Everton diz: “A gente quebra a Fanáutico e a Inferno Coral”, referência às uniformizadas que utilizam as cores dos rivais.

Em contato com o Superesportes, o jogador se defendeu das acusações de exaltação à violência. Tratou o encontro da Jovem como um evento comum de torcedores, alegou que também fez um discurso pelo fim da violência nos estádios, mas reconheceu que tinha consciência de que a sua participação na festa causaria polêmica. "Independentemente da música que eu estava cantando para os caras, (a música) fazia parte da torcida dos caras. Se eu estou lá e não canto, vocês (da imprensa) iriam dizer que eu estava lá do mesmo jeito.”

Irritado ao ser questionado pela reportagem sobre o conteúdo da música que puxou, o meia acredita que as palavras de paz que que proferiu no local são capazes de amenizar a sua situação. “Fui para uma festa da torcida, cantei música da torcida, depois falei, fiz um discurso que todo mundo deveria pensar o que estava fazendo fora e dentro de campo. Se não tivesse violência, estaria tudo acontecendo bem," declarou. 

Everton prosseguiu com sua defesa e crê que não promoveu a uniformizada. “Subi no palco, tirei foto, como fiz em todos os lugares que vou. Falei que nosso futebol precisa de torcida, de paz, falei sobre questão de violência. Não estou incentivando torcida organizada, não. Fui dar uma força para a festa da torcida do Sport. Tentei fazer a minha parte como atleta e como torcedor do Sport também.”

O jogador ainda falou que também não teve como rejeitar o convite da Torcida Jovem para a festa. “Sou um cara que aceito ir para todos os eventos que usam o nome do Sport. Já fui em outros eventos de outros torcedores do Sport. Se qualquer torcedor do Sport me convida para qualquer festa, eu vou. Foi uma coisa natural. Estou de férias, sou atleta do clube. Acho que eu não fiz nada que venha prejudicar o clube ou a ninguém. Fui a uma festa de torcedores, como qualquer torcedor que me chamasse eu iria. Se você é um torcedor do Sport e me chama a um evento, eu vou. Qual a desculpa que vou dar? Não vou incentivando ninguém, só vou fazer minha parte, tentei contribuir da melhor maneira possível”, falou.

Procurado pela reportagem via assessoria de imprensa, o Sport informou que não vai se posicionar sobre o caso, mas vai tratar o problema internamente.