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Aumento nas premiações da Copa do Brasil 2018 move Sport por passagem de fase

Clube já largou com cota de R$ 1 milhão, abocanhará mais R$ 1,2 milhões se passar do Santos-AP e pode acabar com R$ 67,3 milhões em caso de título

postado em 05/02/2018 19:20 / atualizado em 05/02/2018 20:27

Williams Aguiar/Sport Club do Recife
Esta Copa do Brasil começa com cara de reprise para o Sport. Campeão do torneio pelo clube em 2008, o técnico Nelsinho Baptista vai tentar o bicampeonato junto de Magrão, Durval e Daniel Paulista, hoje auxiliar e à época volante do time. Mas não só o passado move a equipe para a conquista desta edição. O aumento das premiações por passagem de fase também se tornou um incentivo a mais para o clube. 

O Sport começou 2018 convivendo com austeridade financeira. Atrasos de salários, cobrança de pendência e dívidas por clubes e empresários, a solicitação do adiantamento das cotas de televisão ao Conselho Deliberativo e a contratação de jogadores, exclusivamente, por empréstimo foram sinais que a saúde financeira do Leão está comprometida. 

Mas um desafogo poderá vir na Copa do Brasil. Nesta quarta-feira, o Rubro-negro estreia contra o Santos-AP, no Amapá. Se conseguir a classificação, abocanha R$ 1,2 milhão. Pela primeira vez o Sport integrou o grupo 1, o mais rentável, uma vez que segue na Série A e está em 15º lugar no ranking, a posição limite para este nível. Assim, já largou com uma cota de R$ 1 milhão. 

Com valores de premiação aumentando progressivamente a cada fase (confira os valores), o torneio será agora o mais lucrativo toda a América do Sul. O time vencedor, por sinal, pode terminar a competição com R$ 67,3 milhões na conta - somando a participação em todas as fases. Uma chance para o Sport encher mais os seus cofres.

Esse valor destinao ao campeão, por exemplo, é quase quatro vezes o recebido pelo Corinthians pelo título da Série A no ano passado, equivalente a R$ 18 milhões. Seis vezes maior que o que foi pago ao Cruzeiro, que faturou a Copa do Brasil em 2017. Quase três vezes mais que foi pago ao Grêmio pela Conmebol por ter conquistado a última Libertadores da América. 

Campeão da Copa do Brasil pelo Sport quando as cifras estavam longe de ser tão astronômicas, Magrão agora cresce os olhos. Sabe da relevância que esses repasses atuais podem representar spara o clube. Mas vê agora uma maior concorrência pelo título graças às novas premiações. 

"Ao meu ver, a competição é a mais difícil a ser disputada, em que todas as equipes vão priorizá-la porque vai ter um retorno financeiro muito grande. Sabemos que este ano vai ser um pouco diferente pela premiação", pontuou o camisa 1, que garante atenção maior no torneio. "O foco maior vai ser a Copa do Brasil. Favorece o Sport. Vamos trabalhar muito porque os times vão vir fortes."