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Agora com calendário esvaziado, presidente do Sport não se arrepende de saída do Nordestão

Arnaldo Barros reforçou que Regional era inviável financeiramente para o clube, mas não deixou de criticar a baixa rentabilidade do Pernambucano

postado em 17/02/2018 09:30 / atualizado em 16/02/2018 20:03

Peu Ricardo/Esp.DP
Até o início do Brasileirão, agendado para 15 de abril, o Sport só vai ter o Campeonato Pernambucano pela frente - competição que o presidente Arnaldo Barros já chegou a qualificar como defasada, ameaçando colocar um time sub-20 em 2017. Ao deixar a Copa do Nordeste, sem ter se classificado à Sul-Americana via Série A no ano passado e eliminado desta Copa do Brasil para o Ferroviário, ao clube resta um Estadual até há pouco tempo menosprezado. O presidente leonino, Arnaldo Barros, garante que não se arrepende de ter ajudado a esvaziar o calendário quando abdicou do Regional. 

O mandatário voltou a afirmar que o Nordestão era oneroso ao Sport. “Arrependimento nenhum de ter largado a Copa do Nordeste. Para se ter ideia, em dois jogos disputados da Copa do Brasil  ganhamos quase a mesma coisa da Copa do Nordeste inteira em 14 jogos. Ninguém tem bola de cristal. Se tivesse que tomar a mesma decisão, tomaria de novo”, pontuou. Nesta edição torneio nacional, o clube faturou R$ 2,2 milhões. Se fosse campeão regional, ganharia R$ 3,5 milhões. 

Após não ter suas sugestões de mudanças de formato aceitas pela Copa do Nordeste, Arnaldo Barros voltou a falar que os jogos do Regional levariam uma sobrecarga do elenco. “Para obter uma performance aceitável, tem que dar condições aos atletas. Se estivéssemos na Copa do Nordeste, talvez a situação fosse mais grave em termos de lesão”, opinou. 

O presidente disse que o modelo atual do Pernambucano está mais viável desportivamente em relação a 2017, que “evoluiu”. Mas também não deixou de criticar a falta de retorno financeiro da competição. Segundo ele, o Sport só joga o Estadual por que é uma campeonato que serve como via de acesso para outras organizadas pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

“As críticas que fiz ao Pernambucano permanecem. Não remunera o clube, mas existe um ponto fundamental que é a obrigatoriedade legal por conta de um ranqueamento para participar de mais competições oficiais da CBF. Então, estamos dentro da situação que nos cabe”, disse.