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Sport sugere congelar valores de pagamentos a agentes de Rithely, que recusam proposta

Com caso travado, empresários mantêm ação na Justiça contra clube

postado em 01/03/2018 19:45 / atualizado em 01/03/2018 19:45

Nando Chiappetta/DP
Enquanto tramita na Justiça e na CBF uma ação dos empresários de Rithely contra o Sport, na qual eles cobram o pagamento de dívida, o clube apelou para uma negociação longe da esfera jurídica e desportiva. Segundo apurou a reportagem do Superesportes, a direção propôs aos agentes uma revisão nos valores dos vencimentos exigidos. A oferta foi recusada pelos representantes do jogador.

Na Justiça Comum e na Câmara Nacional de Relações de Disputas da CBF, os empresários cobram o dinheiro pela venda de 50% dos direitos econômicos de Rithely no ano passado (o Sport detém 100% atualmente), além de cifras pela renovação contratual, no mesmo período.

À época do negócio, o Rubro-negro se comprometeu a pagar cinco parcelas anuais de comissão aos agentes - entre 2017 e 2021. Mas até agora o staff do volante alega que só recebeu mesmo um sinal de valor mais baixo, também conforme acordado em contrato. Assim, a diretoria deve ainda as cotas de 2017 e 2018, que venceram em julho do ano passado e em janeiro deste ano, respectivamente.

Em tempos de austeridade nas finanças, o clube resolveu sugerir aos empresários que as duas parcelas atrasadas fossem “congeladas” por dois anos. Esses valores seriam quitados com os empresários, portanto, só a partir de 2020. Sem a adição juros.

Reabrir negociação?

Para que esse dinheiro venha mais rápido para o Sport, a saída apontada pelos rubro-negros, segundo apuração, foi a venda de Rithely, desejo dos empresários e do jogador, mas que não foi concretizado nesta temporada justamente devido à postura inflexível da direção nas negociações.

Oficialmente, o Sport diz que o imbróglio seguirá sendo conduzido apenas na esfera jurídica. “Essa questão está sendo tratada na Justiça, via contestação da ação”, declarou o diretor Leonardo Lopes. O vice-presidente de futebol, Guilherme Beltrão, e o vice-jurídico, Leucio Lemos, também foram procurados pela reportagem, mas não atenderam as ligações.

Se confirmada a dívida na CBF, o Sport corre risco de ser punido desportivamente, podendo ser impedido de contratar durante dois anos. A entidade notificou o Rubro-negro sobre o caso ainda em 31 de janeiro, porém o clube perdeu o prazo de resposta em 19 de fevereiro.

Na Justiça Comum, outra frente utilizada pelos agentes, o Leão ainda aguarda a intimação. Conforme despacho com força de mandado do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJ-PE) do juiz Frederico de Morais Tompson, o Sport terá três dias contados da data do registro da citação para efetuar o pagamento da dívida. Não ocorrendo pagamento da totalidade do passivo, bens do Rubro-negro podem ser penhorados.

Rithely não alega mais contusão no tornozelo e só depende de uma reabilitação física para retornar aos gramados. A previsão do clube é que ele enfrente o Santa Cruz, no Arruda, na próxima quarta-feira - pelo Campeonato Pernambucano.