Horário do clássico entre Sport e Santa fere regulamento e FPF vê regra como 'secundária'

O Artigo 24 do regulamento do Campeonato Pernambucano de 2018 é claro quando estabelece que todas as partidas que possam definir classificação na última rodada deverão acontecer de forma simultânea, para evitar que alguma equipe seja beneficiada com a possibilidade de escolher o adversário da fase de mata-mata. A regra, essencial em qualquer disputa desse tipo, será descumprida. Isso porque o clássico entre Sport e Santa Cruz da próxima quarta-feira está marcado para acontecer às 21h45, enquanto os demais jogos iniciam às 20h.

Apesar de sete equipes já estarem classificadas para as quartas de final, todas as onze posições na tabela estão indefinidas, restando ainda uma vaga para o mata-mata em aberto, assim como a formatação dos confrontos para as quartas de final e os dois clubes a serem rebaixados.

Em entrevista ao Superesportes, o presidente da Federação Pernambucana de Futebol, Evandro Carvalho, minimiza a divergência entre tabela e regulamento e aponta o referido artigo como uma “regra secundária”, que pode ser submetida a uma necessidade que viabilize a realização da partida.

“Isso é uma regra. Se coloca como regra, mas se houver motivo de força maior, por questão de impedimento de segurança ou uma impossibilidade, evidentemente que prevalece a necessidade de ter o jogo e não a regra. É uma regra secundária, que é o ideal, todos acham que é o ideal e se espera que se possa fazer, mas é um ano bem atípico, de um calendário que já era ruim e piorou por conta da Copa do Mundo e nós temos que esperar”, afirma Evandro. 

Ainda de acordo com o mandatário da FPF, o processo de alteração de datas e horários da tabela do Pernambucano geram situações particulares para cada caso específico. “Cada caso, é um caso. Por exemplo, hoje mesmo estamos agarrados juntos com a CBF e a televisão, tentando ver uma maneira que não complique a vida do Náutico (que tem três jogos decisivos marcados em um intervalo de cinco dias em três competições distintas). Desde as oito (horas) da manhã já estava em contato com a CBF, para ver o que a gente vai fazer”, alegou.

Evandro espera ainda que tal situação de divergência no regulamento não provoque reclamações ou até mesmo queixa contra a Federação por parte dos filiados. “Se houver essa necessidade (de defesa), paciência. Mas o ideal é que a gente tenha as regras básicas atendidas.”