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Everton Felipe prega reação, mas admite clima ruim no Sport: 'Nunca passei por isso aqui'

Meia falou que grupo sente mudanças no Leão, mas pede entrega para reverter

postado em 26/04/2018 08:46 / atualizado em 26/04/2018 08:48

Peu Ricardo/DP
Everton Felipe, como ele mesmo gosta de dizer, nunca fica em cima do muro. Nem em momentos de crise. Dessa vez, o meia do Sport foi sincero ao avaliar o momento pelo qual o clube passa. Clube em que ele chegou há seis temporadas, quando tinha 14 anos. Segundo o próprio, nunca esteve em uma fase tão complicada com a saída repentina de Nelsinho Batista criticando a diretoria, salários atrasados e o time sem corresponder em campo. “Nunca tinha passado por isso aqui”, disse. Confira abaixo o que o atleta falou na entrevista coletiva.

Saída de Nelsinho Batista

“A gente que está no futebol tem que aprender a lidar com essas situações várias vezes na carreira. Troca de treinadores em momentos que ninguém espera. Mas é seguir em frente e continuar trabalhando. A gente não vem aqui para mentir e esconder o que está acontecendo dentro do clube. Mas sou atleta do Sport e todos os jogadores têm contrato com o clube e têm que cumprir com as obrigações. O treinador que vier agora, que é o Claudinei, é trabalhar para domingo estar focado no jogo. Eu não vou chegar e falar mentira dizendo que não atinge. O grupo não está bem com a situação. Fica um clima muito ruim. Está muito pesado. Temos que aprender a escutar algumas coisas e deixar elas fluírem. Domingo temos uma partida e é focar nos três pontos que a gente precisa.”

Trabalho de Claudinei Oliveira

“Eu nunca trabalhei com ele. Então, não sei como é a filosofia de trabalho dele. Mas sei que, independente do treinador que viesse, a gente tem que trabalhar da mesma maneira. A única que vai mudar é que, dentro da filosofia de trabalho do técnico, a gente tem que entender e fazer de acordo com que a filosofia dele se encaixe. Então, a gente já vai focar no jogo de domingo. Espero que ele possa fazer um grande trabalho no Sport porque o clube sai ganhando e a gente também.”

Condição do Paraná

“Todos os jogos do Brasileiro são muito importantes. Você perde três pontos e, quando vai lá na frente você vai fazer os cálculos, são três pontos difíceis de recuperar. Cada jogo que a gente for fazer agora tem que botar na cabeça que é uma final. No meu ponto de vista, já perdemos cinco pontos. É chegar lá em Curitiba e fazer um bom jogo contra o Paraná. Esse negócio que eles perderam dois jogos não pode entrar no nosso grupo. Não pode ser isca. No Brasileiro, duas partidas ruins, você perde e vai lá pra baixo. Você ganha duas e acaba indo lá pra cima. Então, é focar no jogo como se fosse final para sair com o resultado positivo.”

Momento conturbado na política e na parte financeira do clube

“É uma pergunta muito difícil de responder, mas todos sabem que não sou de ficar em cima do muro. Atinge e fica um clima pesado, clima ruim. Queria falar que está tudo bem, mas não está. Temos que trabalhar com a situação que tem. Não podemos baixar a cabeça e ficar sem fazer nada. Vai passar se a gente começar a ter resultado dentro de campo. Futebol é assim. Se o time começa a ganhar, tudo começa a fluir de maneira bem dinâmica, tudo começa a ficar bom. Ninguém sabe como. Se vem um resultado negativo, mais ainda. O Sport está passando por um momento muito difícil. Nunca tinha passado por isso aqui desde que cheguei no Sport, mas faz parte. A gente tem que trabalhar com aquilo que a gente tem. E a gente tem agora o Paraná, no domingo. Temos que manter a concentração no jogo e tentar tirar da cabeça tudo que está acontecendo. É difícil. Não vou mentir. A gente tem contrato com o clube. Está com alguma coisa atrasada? Está. Mas o clube vai dar um jeito de pagar esses débitos que tem e todo mundo vai ficar feliz. Agora, para isso, o resultado tem que aparecer dentro de campo.”