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Após abrir portas em 2016, relação do Sport com estrangeiros 'termina' com baixo retorno

Superesportes reconstrói passagens de gringos e mostra que maior parte dos atletas rendeu abaixo do esperado após alto custo; veja linha do tempo

postado em 07/07/2018 09:10 / atualizado em 06/07/2018 09:27

Ricardo Fernandes/DP
Em janeiro de 2016, o Sport abriu as portas da Ilha do Retiro para a entrada de estrangeiros. Com dinheiro em caixa, o clube colocou a mão no bolso e, em um só mês, trouxe contratações consideradas de peso. No dia 6 daquele mês, dois exemplos se sentaram à mesa para a apresentação oficial ao lado do então vice-presidente de futebol Arnaldo Barros, hoje comandante do Leão. Estavam lá o chileno Mark González e o colombiano Reinaldo Lenis. Depois, vieram mais quatro peças da América Latina com grande expectativa. Na semana que passou, porém, a última peça deste pacote encaminhou a saída do Leão. Definitivamente, o que um dia foi esperança virou decepção. Cada um ao seu modo.

Henríquez

Peu Ricardo/DP
O zagueiro colombiano Henríquez virou o fim da linha para os gringos na história recente do Sport. Após chegar no Rubro-negro também no início de 2016 vindo do Millonarios-COL e com contrato de três temporadas, o jogador teve um primeiro ano delicado com lesões em sequência, precisando até de tratamento psicológico para o retorno. Na temporada passada, contudo, chegou a sua melhor forma. Disputou 23 jogos na Série A (no total pelo clube foram 56) e terminou o ano como titular. Em 2018, uma nova reviravolta. Reserva, acabou sendo descartado pelo técnico Nelsinho Batista e agora está perto de rescindir o acordo com o Leão, podendo ser reforço do Vasco.
Brenno Costa/DP

Mark González

Paulo Paiva/DP
Henríquez, contudo, conseguiu propiciar ainda um retorno técnico ao Sport. Inclusive, parte da torcida chega a contestar o fato de ele não ser titular da equipe. Condição oposta a do chileno Mark González. Em 2016, o atleta, com passagens por Liverpool e Bétis, chegou na Ilha do Retiro com dois anos de contrato e o peso de ser o principal reforço da temporada.  No fim, acumulou um histórico de lesões e questionamentos sobre sua condição física culminando com uma decisão pública do então presidente João Humberto Martorelli pela rescisão. Ele saiu do Rubro-negro após um gol e 19 partidas, o equivalente a 31,5% dos jogos que o time disputou até a despedida. Atualmente, joga a segunda divisão chilena pelo Magallanes.



Brenno Costa/DP

Rodney Wallace

Paulo Paiva/ DP
O terceiro gringo que chegou ao clube em 2016 e terminou sua história no Rubro-negro com uma rescisão foi atacante Rodney Wallace, que este ano disputou a Copa do Mundo pela Costa Rica. Em campo, o jogador agradou atuando na posição de origem como também de lateral esquerdo. No entanto, ao fim da temporada de 2016, decidiu não mais jogar pelo Leão. Após um imbróglio, acabou pagando do próprio bolso o valor que o clube havia investido para contratá-lo e teve o contrato rescindido após alegar falta de adaptação da família ao Recife. Em seguida, passou a defender o New York City, na MLS.
Brenno Costa/DP

Reinaldo Lenis

Ricardo Fernandes/DP
Ainda no emblemático ano de 2016, o maior valor depositado pelo Sport em termos financeiros caiu sobre Reinaldo Lenis. O clube comprou 50% dos direitos do jogador ao Argentino Juniors por R$ 3,16 milhões - as cifras foram divulgadas pelo time de Buenos Aires. Na época, a contratação foi a mais cara da história de Pernambuco. Isso sem somar os outros 50% que foram adquiridos junto a investidores em valor não revelado. Após um início promissor, o atleta não apresentou evolução técnica. Ficou marcado pela dificuldade em definir a jogadas seja com finalização ou assistência. Neste ano, acabou emprestado para o Atlético Nacional-COL após 91 partidas e nove gols, mas ainda tem acordo com o Leão até o fim de 2019.

Brenno Costa/DP

Ruiz

Paulo Paiva/DP
A cota de estrangeiros do Sport em 2016 foi fechada com o empréstimo do atacante colombiano Luis Carlos Ruiz junto ao Atlético Nacional-COL. O atleta chegou ao clube em julho daquele ano, mas se apresentou com um desequilíbrio muscular e demorou mais que o esperado para jogar. Esteve apenas 12 vezes em campo e brilhou em uma partida ao marcar o único gol pelo clube sobre o Santa Cruz na virada histórica por 5 a 3 na Série A. No fim, o Rubro-negro optou por não propor uma renovação. Agora, defende o Junior Barranquilla-COL.
Brenno Costa/DP

Mena

JOKA MADRUGA/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Caso diferente foi o de Mena, o último estrangeiro contratado pelo Sport e o único em 2017. Após chegar por empréstimo do Cruzeiro, o lateral chileno ganhou sequência vestido de rubro-negro com 45 jogos e um gol marcado. No fim da temporada, a diretoria tentou renovar o contrato do atleta, que de fato apresentou retorno técnico, mas ele preferiu se transferir para o rival Bahia.

Brenno Costa/DP