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Grupo formado por ex-presidentes do Sport se une para lançar chapa opositora nas eleições

Candidatura ainda não se consolidou, mas conversas estão avançadas

postado em 12/09/2018 21:53 / atualizado em 12/09/2018 21:57

Roberto Ramos/DP
Com o Sport vivendo uma situação bastante delicada em 2018, que também é ano eleitoral no clube, já começam as primeiras movimentações nos bastidores políticos do clube. Um grupo formado por ex-presidentes do clube e lideranças estão se unindo para o lançamento de uma chapa de oposição em torno de um nome para concorrer ao cargo no Rubro-negro para o próximo biênio. Desta vez, o nome planejado pelo grupo é o de Luciano Bivar, que também está concorrendo a deputado federal. 

O Superesportes entrevistou o ex-presidente Homero Lacerda, que até o mês de agosto presidia o conselho deliberativo leonino. Ele integra o grupo e detalhou como tem ocorrido a movimentação, que ainda não está plenamente consolidada. “Existe um grupo formado por sete, oito ex-presidentes, ex-diretores, lideranças, um grupo de mais de 60 membros que estão preocupados com a eleição. Ninguém está preocupado em ser presidente. Não há pretensão pessoal. Quem comanda o grupo é Jarbas Guimarães (ex-presidente do Sport) e hoje estamos todos engajados. A ideia é convocar Luciano Bivar, porque, no consenso, ele é a única pessoa capaz de unir o Sport hoje. É um cara que pode servir muito ao Sport e, evidentemente, ele ficaria limitado em caso de se eleger como deputado federal de novo, mas tem um grupo grande que está à disposição de colaborar com ele”, contou.

“A princípio estamos investindo nisso. Ele (Luciano Bivar) é o cara que pode unir o Sport e que teria um campo político muito grande. Ele pode usar o prestígio que tem a nível nacional para ajudar a tirar o Sport desta situação, à beira da falência. O desafio é muito grande, então tem que ser alguém que tenha dimensão para isso. E nesse grupo temos muitos nomes que podem colaborar”, concluiu Homero. Ainda não houve um contato com Luciano Bivar sobre a possibilidade dele encabeçar a chapa, mas o contato deve ser feito em breve.

O ex-presidente do conselho deliberativo passou por diversos atritos com a atual direção executiva do clube, o que o fez renunciar ao cargo que ocupava desde o início da atual gestão, em janeiro de 2017.

Ano conturbado

O Leão passa por diversos problemas não só no âmbito do futebol. Eliminado precocemente no Campeonato Pernambucano e Copa do Brasil, além de estar fora da Copa do Nordeste, o Sport ainda luta contra o rebaixamento na Série A. A situação financeira do clube também segue com dificuldades. Neste ano, o clube precisou vender seus principais jogadores, como Diego Souza, André e Everton Felipe, para tentar amenizar os problemas para pagar salários. A redução na folha salarial foi grande, já que era de aproximadamente R$ 4,5 milhões e passou a ser em torno de R$ 2,5 milhões. 

Juntamente a este fato, sócios rubro-negros também fizeram um ofício reunindo mais de 800 assinaturas para que fosse realizada uma assembleia geral no clube, avaliando assim o pedido de impeachment do presidente do executivo Arnaldo Barros. Entretanto, o gesto não foi adiante devido a um imbróglio judicial.