Ainda assim, Marlone é o jogador mais decisivo do Sport na temporada. Autor de sete gols e 13 assistências em 38 partidas, o atleta carrega números importantes. Mas, na Série A, as marcas foram caindo. Na competição nacional, o meia balançou as redes duas vezes e deu três passes para gol (é o maior ‘garçom’ do Leão na competição). Como consequência, o jogador hoje oscila entre titular e reserva.
“Reconheço que algumas partidas não rendi o que posso render. Mas, se pegar meus números individuais, estou com sete gols e 13 assistências. A gente sabe que futebol não é só individual. É o coletivo. Ainda assim, eu sou um cara que me cobro bastante. Passei por situações difíceis na minha não só profissional, mas extracampo. Aprendi. Tenho cicatrizes”, disse o atleta, que se estendeu no discurso e lembrou outros momentos difíceis da carreira.
“Já teve vez, em outros clubes, que eu fui jogar e minha filha estava internada. Ela estava com soro na veia, com oito meses de vida. Não quer dizer que a gente não renda por não querer render. Nós somos seres humanos. Acho que tem situações de momento que a bola vai bater na canela, a gente vai errar um gol, um passe. O importante é que eu nunca me omiti, desisti de querer sempre evoluir. Eu sou um cara que, independente de começar (jogando) ou não, eu só quero o bem do Sport e do grupo”, declarou.
Lembrança contra Palmeiras
Em 2015, Marlone foi autor de um belo gol de longa distância que ajudou na vitória de 2 a 0 do Sport sobre o Palmeiras, no Pacaembu. O jogador, que deve voltar ao time titular justamente diante do rival, guarda muito bem na memória aquela partida.
“Ali o chute foi tão forte que eu senti o (músculo) adutor e eu pedi para Falcão (treinador) me tirar. Deixa eu sair por cima (risos).... Naquela época, o Falcão falava muito ‘chuta, chuta’. Na oportunidade que o André escorou, eu chutei e acertei lá a gaveta. Essa lembrança é boa de trazer. Isso fortalece a mente. Não tem como esquecer esse dia”, disse.