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Com mudanças de diretoria e pedidos de demissão de técnicos, Sport vive ano de crise

Presidente Arnaldo Barros chega para últimos meses de mandato pressionado

postado em 25/09/2018 08:30 / atualizado em 25/09/2018 16:55

Nando Chiappetta/DP
A crise ronda o Sport desde o começo da temporada. Pressionado no cargo, o presidente Arnaldo Barros vê, até o momento, todos os seus planos à frente do futebol rubro-negro ruírem. Ontem, foi a segunda vez em 2018 que ele se viu obrigado a reformular o comando do carro chefe do clube em um efeito dominó da turbulência. Primeiro, pela manhã dessa segunda-feira, o técnico Eduardo Baptista pediu demissão. Em seguida, o vice-presidente Guilherme Beltrão e toda a diretoria de futebol formada por Leonardo Lopes, Luciano Bivar Filho e Júlio Neto entregaram os cargos. Agora, o mandatário parte para a cartada definitiva com um novo pelotão para conduzir o departamento encabeçado pelo empresário Laércio Guerra, que ainda terá Aluísio Maluf de volta à função de diretor. É tudo ou nada a fim de salvar o Rubro-negro de um rebaixamento à Série B.

A nova gestão do futebol tem o primeiro dia oficial de trabalho hoje na reapresentação do elenco. De cara, precisará resolver questões importantes. Atrasos salariais de dois meses, a definição do novo treinador - que deve ser Milton Mendes - e os casos especiais de Michel e Fellipe Bastos, que não estavam sendo relacionados e devem voltar a jogar. Esses são os primeiros passos para tentar mudar os rumos de um time que só tem mais 12 jogos pela frente no Campeonato Brasileiro. Para fugir da queda, precisa vencer sete.

A mudança repentina e forçada no futebol do Sport começou nas primeiras horas do dia da última segunda-feira. Foi quando Eduardo Baptista ligou para Guilherme Beltrão. O treinador estava decidido a entregar o cargo diante do ambiente interno delicado. E assim o fez. Ele foi o terceiro treinador do clube no ano e o terceiro a pedir demissão. A conta começou com o pai Nelsinho Batista e passou por Claudinei Oliveira. 

Na diretoria, o ano também foi de mudanças.  A primeira delas aconteceu no dia 16 de fevereiro. Na ocasião, o presidente Arnaldo Barros mergulhou na primeira grande crise. O mandatário deixou de acumular o cargo de vice-presidente de futebol e também saíram da função de diretor Rodrigo Barros, filho dele, Augusto Carreras e Aluisio Maluf, que agora retorna. O executivo Alexandre Faria, posteriormente, foi demitido. 

No dia anterior, o Sport havia sido eliminado da Copa do Brasil para o Ferroviário-CE, em plena Ilha do Retiro. A equipe chegou a vencer o jogo por 3 a 0, sofreu o empate e foi derrotado nos pênaltis. Ali, estava materializada a marca da equipe no ano com uma condição técnica limitada e ambiente de grande pressão, que só se viu em uma paz momentânea quando o time entrou na pausa do Brasileiro para a Copa do Mundo.

Silêncio do presidente

Durante todo esse ambiente de pressão, o presidente Arnaldo Barros se manteve recluso na maior parte deles. A última vez em que tratou abertamente de questões administrativas foi no dia 25 de abril. Na ocasião, convocou uma coletiva de imprensa para dar sua versão sobre o balanço financeiro do Sport. Desde então, ele participou do lançamento dos novos uniformes do clube, mas abordou as questões apenas direcionadas à nova fornecedora. Às 10h desta terça-feira, ele rompeu o silêncio e deu sua versão sobre o momento do Leão.