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Presidente diz que Sport não adiantou cotas, nega que 'hipotecou' futuro e fala da Caixa

Arnaldo Barros volta a afirmar que está próximo de acertar patrocínio

postado em 25/09/2018 15:33 / atualizado em 25/09/2018 15:55

Williams Aguiar/Sport Club do Recife
Depois de cinco meses sem dar entrevistas, o presidente do Sport, Arnaldo Barros quebrou o silêncio durante coletiva para apresentar os dirigentes que irão comandar o futebol rubro-negro na reta final de temporada. O último contato do mandatário do Leão com a imprensa foi durante a apresentação do balanço de gestão em 25 de abril. Depois, teve um breve encontro em que abordou apenas questões sobre a fornecedora de material esportivo. 

Durante a entrevista, além de apresentar Laércio Guerra, novo vice-presidente de Futebol e anunciar oficialmente o retorno diretor de futebol, Aluísio Maluf, Arnaldo também falou sobre as finanças do clube. Além de salários, deu sua versão sobre problemas para a emissão das certidões negativas, o patrocínio da Caixa e garantiu que não realizou qualquer tipo de adiantamento financeiro de cotas do próximo ano. 

Empréstimos e adiantamentos

O mandatário Rubro-negro negou que o clube estaria com ‘hipotecado’, em um termo utilizado pelo relatório do Itaú BBA. A entidade afirmou que o clube contraiu dívidas que serão pagas no futuro, mas se a garantia atual de receita.

"Na minha gestão, não adiantamos cotas e nem pegamos empréstimos, pois acredito que não é nossa função onerar as próximas gestões. Portanto, não trabalhamos com este tipo de expediente. Estamos buscando nos adaptar a nossa atual realidade, para isso, tomamos medidas amargas para conter os danos e equalizar os gastos", afirmou Arnaldo Barros. 

Relatório do Itaú BBA

Quando questionado sobre o relatório do Itaú BBA, lançado neste mês, Arnaldo ressaltou que o clube esteja com o futuro comprometido. “O relatório em questão é uma análise do balanço de 2017. O Itaú apresentou as mesmas questões - de forma equivocada - que foram feitas naquela oportunidade (apresentação do balanço a imprensa e ao conselho deliberativo) e que eu esclareci todos os questionamentos. Não se trata do Sport ter gasto mais do que devia, até porque estamos em regime de contenção de despesas. Não houve aumento de gastos.” 

Clube com transparência

Arnaldo Barros voltou a defender as contas que apresentou à frente do Sport. “Sobre a auditoria dos números contábeis do clube, ele continua “Nós somos auditados por uma empresa internacional que segue padrões internacionalmente reconhecidos, que presta consultoria para a CBF. Para várias empresas de auditoria, que prestam serviços aos clubes, juntamente com a CBF, o Sport é um dos clubes que mais fielmente apresenta seus números, seus dados contábeis. Como por exemplo, luvas e salários de atletas vincendos são lançados como despesas, por estarem naquela época no Sport, mas que não quer dizer que se executem. Um dos exemplos é o salário de Diego Souza, temos luvas de André, Rithelly, Samuel Xavier, atletas que não estão mais no clube, mas que estão presentes no balanço como despesas devidamente lançadas. Toda esta situação já foi vencida, já foi explicada e aprovada quase que por unanimidade do conselho e que só agora chegou aos analistas do Itaú.” 

Certidões Negativas

O presidente rubro-negro ainda garantiu que está se movimentando para o Sport recuperar as certidões negativas que detinha. “Ontem (segunda), conseguimos tirar uma das nossas certidões negativas com a Receita Federal, nos próximos dias devemos ter a certidão da Procuradoria da Fazenda Nacional e estamos trabalhando em outras duas que já possuíamos e perdemos por conta dessas dificuldades de caixa”, explicou o mandatário do Leão.”

Patrocínio da Caixa

Essas certidões são essenciais para a manutenção do patrocínio com a Caixa Econômica, parceria vigente desde 2014. Alguns débitos inesperados acabaram por atrapalhar o planejamento do Sport para a emissão de todos os documentos, necessários para o compromisso com o banco estatal segundo Arnaldo Barros. Atualmente, a equipe profissional estampa na camisa a marca do banco, mas os uniformes de treino não carregam o patrocinador. 

“O Sport tem um planejamento, uma expectativa de receita, então, sempre precisamos ir ao limite. Ano passado, tivemos o lançamento de um débito originário de 1930, devido a parte de um dos terrenos do Sport. Por causa disso, foi imputado ao Sport um débito na casa dos R$ 3 milhões de reais que foi inscrito em dívida ativa. Por isso, não conseguimos retirar a certidão da Procuradoria da Receita Nacional. Dessa forma, acabamos atrasando alguns tributos e, consequentemente, salários. Para a resolução desta situação, tivemos que tomar diversas medidas judiciais para que ocorra esse desbloqueio de receitas, inclusive, de uma das parcelas do patrocínio, o que deve ocorrer em breve.”