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Nova diretoria do Sport abraça elenco e diz que salários atrasados não justificam rendimento

Laércio Guerra nega racha e problemas com pagamento entre jogadores

postado em 26/09/2018 08:30 / atualizado em 26/09/2018 08:31

Williams Aguiar/Sport Club do Recife
Com o time pressionado pela zona de rebaixamento, com 24 pontos, o Sport tem mais 12 partidas na Série A e precisa vencer sete delas para se livrar da queda com uma margem segura. Para atingir a meta, o novo vice-presidente de futebol do clube Laércio Guerra, empossado nessa terça-feira, adotou uma postura de apoio no primeiro encontro que teve com o elenco. O novo gestor fez elogios à postura do grupo e ainda negou que os salários atrasados justifiquem o mau desempenho do Rubro-negro. Atualmente, o clube deve dois meses da carteira de trabalho e dos direitos de imagem. O discurso foi endossado pelo presidente executivo Arnaldo Barros. 

“Eu tive uma conversa com os atletas. Conversamos de 30 a 40 minutos. Não foi tocado em salário. Quem propôs a conversa, fui eu. Foi perguntado o que precisava, qual o clima, o sentimento, até porque estou chegando. Nós temos um grupo extremamente comprometido. Entrando no futebol, a gente precisava entender como a situação estava. A gente começa a classificar o mau resultado por racha no elenco, por problema de salário, por uma série de fatores. Isso não existe nesse grupo”, garantiu Guerra, após primeiro contato com os atletas, na última terça-feira, junto com o novo diretor Aluísio Maluf.

O presidente Arnaldo Barros foi ainda mais incisivo na defesa do elenco. “Dizer que o time caiu de rendimento por causa do salário é uma análise simplória, simplista. É um desrespeito aos profissionais. Os caras estão aqui no dia a dia. Vocês estão aqui no dia a dia e não veem uma facilidade no treino. Os atletas hoje em dia são quase que máquinas. Eles são monitorados. Eles têm equipamento com chip. Ali tudo é acompanhado. Então, o camarada não tem nem o direito de fazer corpo mole. Ele seria flagrado no relatório técnico medido no equipamento. Tem que se respeitar o profissional. O nosso elenco é formado por homens de bem. Não existe má vontade.”

Arnaldo Barros admitiu, no entanto, que os próprios atletas já fizeram cobranças para saber dos pagamentos pendentes. “Atraso de salário é uma coisa absolutamente inconcebível. Ninguém imagine que se atrasa salário porque se quer ou porque se priorizou outra coisa. O primeiro compromisso do Sport é com salário. Não há outro. O problema, como falei, é você adequar o fluxo de caixa a essa situação. Diga-se de passagem, os trabalhadores do Sport da administração não sofreram isso. Estamos falando de atletas, mas qual é o trabalhador que fica satisfeito com um mês de atraso ou dois meses? Nenhum.”