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De zagueiro à volante, conheça o novo reforço do Sport, Eder Ferreira, o 'jogador multiuso'

Atleta teve o nome publicado no BID nesta quarta-feira e também foi apresentado no CT do Leão, enfatizando característica de versatilidade

postado em 05/06/2019 18:29 / atualizado em 05/06/2019 18:55

<i>(Foto: Anderson Stevens/Sport)</i>
Depois de mais de uma semana aguardando regularização, Eder Ferreira finalmente pôde ser apresentado como jogador do Sport na tarde desta quarta-feira. O acerto, feito junto ao Athletico Paranaense, exigiu que o clube rubro-negro detivesse a maior parte dos poderes envolvendo o atleta, o que garante liberdade de decisão em possível renovação ou negociação. Aos 24 anos, ele chega ao Leão com contrato inicial de empréstimo até o final de 2021 para atuar como zagueiro, mas garante estar apto para jogar em outras funções do campo.

“Já no Atlhetico, quando eu cheguei, fui rotulado de jogador multiuso pela minha característica: fiz minha base de volante no Bahia, como profissional me formei como zagueiro e também joguei de lateral. Eu pude pegar a técnica de volância, a noção de espaço de lateral e agregar tudo isso na função de zagueiro. Independente da posição, procuro fazer meu trabalho bem feito de acordo com a necessidade. Independente de como o Guto quiser me utilizar, ele sabe da minha qualidade e vai me colocar em campo da melhor maneira possível”, explicou.

Ao desembarcar no Recife, Eder reencontrou conhecidos, a começar pelo próprio técnico Guto Ferreira. “Trabalhei com ele por cerca de dois anos. Vale ressaltar que foi um tempo bem trabalhado, porque ele sempre treinou bem os seus grupos. Especialmente em 2016 e 2017, quando estivemos juntos no Bahia, conseguimos duas conquistas importante: o acesso à Série A do Brasileiro e o título da Copa do Nordeste”, destacou. 

Além do comandante, o zagueiro rubro-negro se encontrou novamente com o Hernane Brocador, já que treinaram juntos no Tricolor de Aço, o jovem lateral Vicente, com quem jogou nas categorias de base também do Bahia, e o zagueiro Cleberson, que era do CAP e com quem ele deve brigar pela vaga de titular do Sport.

Ansiedade para vestir a camisa do Leão

Durante a coletiva de apresentação, Eder, o tempo inteiro, deixava claro o desejo que tem de vestir a camisa rubro-negra. Na ocasião, contou detalhes de sua negociação e chegada, envolvendo, inclusive, um “não” ao Paraná. “Quero me desculpar com os torcedores do Paraná, que me mandaram mensagem assim que fui anunciado aqui. Mas eu já tinha deixado claro da minha vontade de jogar no Sport e é questão de negócio. Neste momento, eu não queria ir para lá. A opção de vir jogar aqui é melhor, no meu ponto de vista. Quando neguei, eu já tinha uma proposta engatilhada com o Sport. Esse processo de negociação fez tudo demorar um pouco mais eu acho”, explicou.

Viver a crise para desfrutar da bonança

O zagueiro rubro-negro chegou em um momento de crise, mas garantiu estar preparado para viver os momentos de dificuldade e de glória com a camisa do Leão. “Eu vim do Atlhetico sabendo da saúde financeira do Sport e, ainda assim, decidi vir. Tive opinião da minha família, do meu empresário e fiz tudo muito bem pensado, não foi nada aleatoriamente. Quando recebi o interesse do Sport, lembrei da grandeza do clube e tenho certeza que o clube vai sair desse momento. Creio que eu estando aqui na fase ruim, na fase boa vou poder desfrutar com orgulho. O Sport não era para estar nessa crise e quero, em campo, ajudar da melhor maneira possível”, enfatizou.

Elogios à torcida rubro-negra

Conhecedor da força da torcida, Eder já tem expectativas para estrear na Ilha do Retiro. “Já vim jogar contra em um jogo com a Ilha lotada e lembrar disso me deixa muito ansioso”, disse. “O calor da torcida do Sport e do Nordeste, como um todo, é muito intenso. Eu vim com o Bahia disputar a final do Nordestão aqui e era coisa de louco. O ‘cazá’ é algo que emociona até os adversários. Depois que cheguei ao Recife, assisti ao jogo contra o Figueirense. Tinham menos de 10 mil pessoas, mas na hora do Cazá parecia que tinham 20 mil. Agora que estou a favor, quero jogar e ver o estádio lotado outra vez”, acrescentou.