Segundo Keila, o afastamento não significou paralisação nos trabalhos das leoas. A comandante relatou que vem passando treinos para as jogadores fazerem em casa, tanto no aspecto físico, quanto no tático, para evitar que o elenco tenha que recomeçar o trabalho “do zero”.
“A expectativa é que as atletas consigam manter o trabalho que estamos passando para elas, para que quando retornarmos às atividades, a gente não inicie do zero. Está sendo um ponto positivo, todas estão executando, então a expectativa é que a gente retorne, pelo menos, em 70%, para esse tempo parado não seja um tempo perdido. E que quando a gente consiga retornar, a gente possa retomar as vitórias, que, desde o ano passado, a gente não vem tendo vitórias a nível de Brasileiro”.
No pacote de auxílio aos clubes anunciado pela CBF no início deste mês, foram destinados R$ 50 mil para os clubes que disputam a Série A2 do Brasileiro Feminino, como é o caso do Sport. Segundo Keila, esse anúncio afetou positivamente a moral do elenco. “Com certeza foi bem aceito. Permite elas se organizarem durante essa parada, porque, querendo ou não, todo mundo precisa”.
A paralisação se deu após a primeira rodada da A2, na qual o Sport foi derrotado por 3 a 2 para o Cruzeiro/RN, no Grupo C. A rodada seguinte, em 22 de março, reservaria um clássico contra o Náutico, que, agora, marca o retorno do campeonato. Keila porém reforçou a importância de, nas condições de treino e preparo, haver um espaço entre a volta dos trabalhos e o retorno das jogos.
“Para o retorno, a gente tem que dar um tempo para poder voltar e retomar tanto da questão física, quanto da questão tática. Não adianta retornar e na semana seguinte já ter jogo. Aí vai dificultar para todas as equipes”, afirmou Keila que ainda enalteceu o bom nível de trabalho que vinha sendo aplicado. “O ritmo que as meninas vinham imprimindo era bom e espero que a gente retorne e possa começar a buscar os três pontos, que é o importante para poder almejar o acesso à Série A1”.