“Quando soubemos da notícia, ficamos tristes, pois achávamos que a não concordância em suspender os pagamentos (nesse momento de crise mundial) havia sido uma decisão unilateral de seu advogado e não do nosso ídolo Magrão”, iniciou.
Manoel Veloso refere-se a uma liminar obtida ontem por Magrão para que o Sport siga arcando com a repactuação feita durante a pandemia do coronavírus, vigorando, assim, o acordo onde o clube chegou a um acerto amigável junto ao ex-goleiro para amenizar as parcelas de R$ 42.613,66 durante quatro meses - anulando, desta forma, a postergação conseguida pelo clube na Justiça para até três meses depois da volta dos jogos.
O acordo de repacutação foi o seguinte: em maio e julho, o clube quita 50% das parcelas (R$ 21.306,83), enquanto abril e junho está isento. Assim, retoma o valor integral em agosto. Já os valores descontados ficam para serem pagos depois do prazo, em 2023 (no total, são 44 parcelas, que começaram a ser pagas em agosto de 2019), representando uma economia de R$ 128 mil no período. Na semana passado, o Sport havia conseguido suspender esta repactuação na Justiça, onde voltaria a quitar as parcelas até 90 dias depois do futebol.
“Mas após a deselegância do Sr. Alessandro, que ontem ofendeu a nós (que estamos tentando gerir uma crise financeira sem precedentes no clube) com palavras ofensivas e desnecessárias, tivemos certeza que a decisão partiu dele. Uma pena, apenas direi isso, melhor preservar a imagem do ídolo Magrão que o Sr. Alessandro Beti Rosa insiste em manchar”, finalizou o dirigente.
Magrão deu entrevista falando em “safadeza” e “mau-caráter” quando falou dos imbróglios judiciais ligados ao Sport. O ex-goleiro deixou o clube em junho de 2019 após 14 anos na Ilha do Retiro, onde tornou-se o jogador com mais partidas (732) e títulos (10).
Advogado de Magrão fala sobre liminar
Na manhã desta sexta-feira, Leonardo Laporta, advogado do ex-goleiro, falou sobre a liminar em favor de Magrão em entrevista à Rádio Transamérica. “Pelo relacionamento que Magrão tem com o Sport, entendemos a situação desde abril. E aceitamos o que foi proposto pelo Sport. E o próprio Sport propôs que fosse feito dessa forma. Então já houve por parte de Magrão uma reciprocidade. Mas aí vem de maneira unilateral pedir a Justiça que suspenda a repactuação, ele ficou ofendido”, disse. “A resposta da Justiça o deixou confortável. Não pela parcela, não é essa a questão. Mas pelo compromisso”, finalizou Laporta.