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Após pedido de rescisão ao Sport, advogado de Jean Patrick desabafa: "Escravidão acabou"

De acordo com Filipe Rino, Leão está em dívida com meses de salários, direito de imagem e FGTS

postado em 11/06/2020 12:48 / atualizado em 11/06/2020 17:17

(Foto: Anderson Stevens/Sport )
Contratado pelo Sport como terceiro reforço para a disputa desta temporada, o volante Jean Patrick havia solicitado no início do mês passado sua rescisão de contrato com clube leonino, motivado pela falta de pagamento de salários, direito de imagem e depósitos do FGTS. Indignado com a situação, o advogado do atleta, Filipe Rino, desabafou afirmando que “a escravidão acabou”, fazendo analogia ao trabalho sem remuneração que o atleta estava desempenhando.

“A fala do presidente é totalmente irresponsável. Que não correspondeu à altura foi o Sport. E é bom lembrar: a era da escravidão acabou com a Lei Áurea. Ninguém vai trabalhar cinco meses para receber um. A escravidão acabou”, disse Rino, em resposta a um comentário do presidente Milton Bivar, em entrevista ao portal de notícias GloboEsporte.com, na qual disse: "O jogador não estava correspondendo ao esperado".

O advogado do volante ressaltou ainda o histórico do Sport, afirmando que não esperava atrasos nos pagamentos e fez questão de afirmar que quem teve a escolha pela saída foi o jogador, que move ação judicial contra o clube.

“O Sport é um clube gigante, campeão brasileiro… e não se espera de um clube do tamanho do Sport que os atletas fiquem sem receber há quatro meses. O Jean Patrick ficou quatro meses sem receber salários e direitos de imagem e cinco meses sem depósito do FGTS. Foi o Jean Patrick que decidiu entrar com ação na Justiça para encerrar o contrato por falta de pagamento, por o Sport não ter honrado com o contrato que foi assinado em janeiro”, encerrou Rino.
 
Atualmente, o Sport deve dois meses de salários ao elenco (abril e maio), além dos valores correspondentes ao direito de imagem de março. Durante o período inativo, a direção rubro-negra acertou de pagar apenas a quantia referente à "carteira" (CLT), equivalente a cerca de 60% a 70% dos vencimentos mensais.