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“A maioria dessas crianças nunca entrou numa piscina. A nossa intenção não é formar atletas e sim dar oportunidade da vivência em uma modalidade que é extremamente elitizada a crianças que jamais teriam acesso a isso. Quando os módulos forem completados, quem tiver aptidão, vão ser encaminhados para a UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), onde eu treino atualmente”, explicou Joanna, muito feliz com o projeto que sai do papel.
A apresentação do projeto nesta quarta-feira será simples. Contará com a presença de atletas, políticos e personalidades. Haverá apresentações culturais e a participação de crianças do projeto social do marido de Joanna, o judoca Luciano Corrêa, o Esportes Sem Fronteira. A pernambucana dará início uma campanha para angariar recursos para a compra de mais materiais para as aulas. Essa ajuda poderá vir por meio da página oficial na internet (https://emancipaesporte.org/), que também está presente nas redes sociais (Facebook e Instagram).
Por conta da participação de Joanna no Mundial de Esportes Aquáticos, em julho, na Hungria, a capacitação dos professores de educação físico, primeiro passo do projeto, será feita assim que ela retornar ao Brasil. Depois disso, será iniciado o trabalho com as crianças selecionadas. Os custos são uma preocupação, mas a nadadora acredita que vai conseguir o apoio esperado. “Estou com a esperança de que as coisas vão andar e os parceiros vão aparecer. Estamos começando do nada, mas o importante era começar”, afirmou.
No Recife
Joanna pretende expandir o projeto e trazê-lo ao Recife e posteriormente até outras cidades do país. A nadadora já está com um planejamento traçado nesse sentido. O primeiro passo será incluir no objeto da sua ONG na capital pernambucana a atividade esportiva. Depois disso, ela vai buscar parceiros, por meio da Lei de Incentivo ao Esporte. “Tenho vontade de implementar no Recife também. O projeto já está pronto, mas por conta de prazos não deve sair esse ano. Mas pretendo, sim, fazer esse link entre os projetos”, conta.
A reforma do parque aquático do Centro Esportivo Santos Dumont, em Boa Viagem, está sendo acompanhado por Joanna, que já vê no local uma das possibilidades para acolher o projeto. “Já estou sabendo do Santos Dumont sim e vejo lá uma ótima oportunidade, porque já atua nessa área social”, disse a atleta, que deixa claro mais uma vez a vontade de levar ainda mais à frente esse tipo de projeto quando parar de competir. “Quem sabe, quando eu parar e tiver mais tempo, possa levar para mais cidades. Quero democratizar a natação”.