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ESPECIAL CACARECO

Canarinho vira Cacareco: a origem do apelido para a Seleção Brasileira só de pernambucanos

Equipe ganhou apelido pejorativo, mas transformou alcunha em marca com mascote

postado em 15/06/2015 08:00 / atualizado em 02/06/2016 20:06

Brenno Costa /Diario de Pernambuco , Alexandre Barbosa /Diario de Pernambuco

Arquivo/DP/D.A Press
No linguajar popular, cacareco se refere a tudo o que não presta. O resto. O rótulo pesado caiu nas costas do selecionado local que virou o Brasil na Copa América em 1959. O preconceito bateu forte. Ainda que outros estados já tivessem passado pela mesma situação. Rio Grande do Sul e Bahia já haviam recebido a mesma oportunidade. Não a mesma alcunha.

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>>>Capítulo 2: Estilo militar, aulas de hino, falha no avião e problema no bicho: os bastidores da Cacareco
>>>Capítulo 4: Clique aqui e veja a galeria de fotos narra a trajetória completa da Seleção Cacareco
>>>Capítulo 5: Zé Maria, Givaldo e Fernando: relatos e a história de quem esteve com a Seleção
>>>Capítulo 6: Webreportagem relembra a trajetória da Seleção Cacareco com depoimentos. Assista! 
 

Arquivo/DP/D.A Press
A queixa de Gentil Cardoso
O incômodo recaiu sobre o treinador Gentil Cardoso, conhecido no Rio de Janeiro e que assumira o comando da seleção após conquistar o Campeonato Estadual pelo Santa Cruz. “A Seleção é Brasileira e não pernambucana como estão dizendo”, afirmou o técnico, em entrevista ao Diario de Pernambuco, na época. Foi então que o jogo começou a ser revertido com uma boa dose de oportunidade.

LEIA: COMO PERNAMBUCO VIROU O BRASIL NO EQUADOR

O surgimento do mascote
A alcunha se incorporou de vez com a seleção nos três dias em que a equipe passou no Rio de Janeiro antes de embarcar para o Equador. É que, naquela época, existia um rinoceronte muito popular com o nome de Cacareco. Ele havia sido emprestado ao zoológico de São Paulo e retornou ao solo fluminense. O presidente da CBD, João Havelange, deu então um rinoceronte de pelúcia e ficou registrado que ele seria o mascote da equipe.

Cacareco vira febre
O nome dado ao bicho foi justamente o de Cacareco. “Havelange e Rubem Moreira tiveram a ideia de ligar a imagem do time à do popular rinoceronte, transformando-o em símbolo do scratch. O objetivo era tornar a seleção estimada e não depreciada. Deu certo. Nossa Cacareco, poucos meses depois, acabou virando paixão pernambucana”, relatou o escritor Givanildo Alves, no livro “85 Anos de Bola Rolando”.

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