Seleção

COPA DO MUNDO

Com gol histórico de Marta, Brasil vence Itália e se classifica para as oitavas de final

Meia marcou, de pênalti, gol do triunfo por 1 a 0 e chegou aos 17 em Mundiais, se tornando a maior artilheira em Copas entre homens e mulheres

postado em 18/06/2019 18:13 / atualizado em 18/06/2019 19:00

<i>(Foto: AFP )</i>
Um jogo de garra e superação. Uma vitória com a marca da maior jogadora de futebol do Mundo, Marta, que fez o gol do triunfo do Brasil, de pênalti, diante da Itália e cravou ainda mais o seu nome na história do futebol: chegou ao 17º gol e se transformou na maior artilheira, entre homens e mulheres, de Copas do Mundo. Gol que garantiu o placar de 1 a 0 e a classificação às oitavas de final. 
 
Vitória e classificação que serviram também como alívio por afastar um fantasma. Isso porque a última vez que a seleção caiu na primeira fase de uma Copa do Mundo foi em 1995. 
 
Entretanto, a caminhada para alçar maiores voos na Copa do Mundo será dura. Com os mesmos seis pontos de Italia e Austrália, as Canarinhas ficaram na 3ª colocação do Grupo C, pelos critérios de desempate. Com isso enfrentarão Alemanha ou França na próxima fase.
 
Caso seja as Bávaras, o duelo decisivo acontecerá no próximo sábado, às 12h30. Se as rivais forem as donas da casa, o confronto será no domingo, às 16h.  

O jogo  

O jogo foi equilibrado, mas o Brasil conseguiu se recompor após a dura derrota, de virada por 3 a 2, diante da Austrália. No jogo que fechou a primeira fase da Copa do Mundo, as brasileiras bateram a Itália por 1 a 0 e avançaram, com moral, para as oitavas de finais da competição. 
 
Sem contar com a experiente Formiga, que levou dois cartões amarelos e cumpriu suspensão automática, o técnico Vadão alçou Andressinha na vaga da meio-campista. Além deste desfalque, a Seleção Brasileira teve, de última hora, outra ausência importante. Trata-se da meia-atacante Andressa Alves, que no treino da última segunda-feira, sentiu uma lesão na coxa e está fora da Copa do Mundo. Como substituta da camisa sete, entrou a atacante Ludmilla.   

Partindo para cima das italianas, o início de jogo brasileiro foi agudo. Mesmo as italianas marcando pressão, o Brasil  é quem detinha maior posse de bola e trocava passes com tranquilidade no campo adversário. Entretanto, a recomposição era lenta no lado de trás, em situações de contra-ataque da Itália. E, por vezes, as Canarinhas rifavam a bola. No nervosismo, a primeira chance da Itália aconteceu logo aos cinco minutos. Em contra-ataque, Bonansea apareceu livre e chutou no canto, para Barbará se esticar toda e salvar. 

Num primeiro momento, perigo. Mas que não se refletiu nos minutos seguintes. Porque a Seleção Brasileira passou a marcar pressão e a Itália não soube administrar. E o Brasil, por pouco, não abriu o placar. Logo em duas oportunidades seguidas. Aos 15, em cruzamento, Debinha chutou de letra, e a goleira Giuliani fez milagre. Em seguida, foi a vez de Marta tentar um gol olímpico, mas a arqueira foi protagonista de novo e salvou a Azzura.  

Ao final do último terço do primeiro tempo, o jogo se equilibrou. Inclusive com a posse bola, sendo o Brasil ligeiramente superior no quesito.  Mas foi a Itália quem esteve mais perto de abrir o placar no fim do primeiro tempo. Na primeira oportunidade, aos 28, o gol marcado por Girelli estava impedido. E o segundo gol da Azurra só não saiu se não fosse a goleira Bárbara para salvar as Canarinhas. Em contra-ataque, aos 39 minutos, Bonansea recebeu cruzamento e sozinha na pequena área, chutou para a goleira, que cresceu no lance e defendeu o chute. Um final de jogo aceso pelo que representou o equilíbrio entre as equipes. 

Alívio no segundo Tempo 

Para a etapa final do jogo, Vadão decidiu não fazer substituições. E o início do segundo tempo brasileiro foi parecido com o feito na primeira etapa, mas com mais oportunidades criadas pelas Canarinhas. Logo aos cinco minutos, Andressinha, de falta, colocou uma bola na trave. Em seguida, aos 11, foi a vez da zagueira Kethellen aparece na pequena área e, de cabeça, finalizar raspando a trave esquerda da goleira Giuliani. 

Pressão que se seguiu nos minutos seguintes. Em mais um lance de ataque, foi a vez de Ludmilla puxar pelo lado direito e chutar cruzado para Bia Zaneratto dar um toquinho de calcanhar e quase acertar o gol. 

Mas o Brasil não viria a parar de ameaçar as redes da Azurra. Aos 23, em dobradinha com Marta e Debinha na pequena área, a camisa 10 mandou uma bola de cobertura para a camisa nove canarinha chutar de primeira e a goleira Giuliane fazer a defesa. 

Depois de inúmeras tentativas, enfim, veio a redenção. E com gol da Melhor do Mundo, Marta. Debinha arrancou com velocidade, entrou na área e foi ao chão após ser derrubada por Linari. A camisa 10 da Seleção Brasileira bateu bonito, deslocou a goleira da Itália e estufou a bola para as redes. Décimo sétimo tento que a tornou a maior artilheira da história dos Mundiais. 
 
Um gol para a história. E para retomar, sobretudo, a confiança na Seleção.