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Náutico paga uma folha de salários atrasados a funcionários e 70% de "carteira" a atletas

Executivo alvirrubro resolveu deixar pagamento da parcela do Profut para o final do mês e optou por honrar promessa a funcionários e jogadores do clube

postado em 21/05/2017 17:51 / atualizado em 21/05/2017 18:43

 Gabriel Melo/Esp. DP
Enfim, pingou dinheiro na conta dos jogadores e funcionários do Náutico. Após assinar na última quinta-feira o "contrato de aporte financeiro" no valor de R$ 1,5 milhão com o canal Esporte Interativo, o executivo do clube conseguiu honrar parte dos compromissos em atraso com o quadro de colaboradores. Para tanto, porém, precisou adiar o pagamento de uma parcela do Profut.

Foi pago a folha salarial de maneira integral do mês de março aos funcionários que recebiam até 1 salário mínimo - os demais funcionários receberam 70% do valor referente ao mesmo mês. Jogadores e comissão técnica receberam 70% do salário relativo à carteira de trabalho de março (os direitos de imagem normalmente correspondem a cerca de 40% do salário, enquanto a carteira 60%). A informação foi confirmada à reportagem do Superesportes por um funcionário do clube, que preferiu não se identificar.

A maior parte do dinheiro oriundo do EI, R$ 1 milhão, será direcionada para a reforma dos Aflitos. A ideia inicial era que toda a verba fosse para esse fim e para as dívidas com o Profut, mas devido à situação financeira delicada do clube e a um pedido do presidente Ivan Brondi, o Conselho resolveu reavaliar. Assim, R$ 200 mil seriam utilizados para quitar os salários atrasados do administrativo e outros R$ 200 mil para o pagamento de parcelas do Profut; e R$ 100 mil para a ação que o clube moverá contra a Odebrecht, em virtude do rompimento do contrato com a Arena Pernambuco.

O problema foi que a verba depositada pelo EI foi depositada em duas contas: uma parte na do clube e outra na da comissão paritária, que viabiliza a reforma dos Aflitos. A parte tributada pelo Imposto sobre movimentações financeiras (IOF) foi justamente à referente a parte do executivo do clube, que seria destinada a pagar os funcionários. Assim, o montante de R$ 200 mil sofreu um decréscimo de R$ 30 mil e, para saldar a dívida, o executivo optou por utilizar o dinheiro que relativo ao Profut para honrar dívidas mais urgentes.